Dias Toffoli falou da importância da presença de advogados nas cortes eleitorais. “Por terem atuado na Justiça Eleitoral, defendendo partidos e políticos, são juristas que têm a memória das informações e fazem a análise dos casos com a experiência de quem viveu o dia a dia, lidando com situações de abuso político na vida pública e manutenção ou perda de mandatos”, afirmou o ministro. Segundo ele, “os ministros do Supremo ou do Superior Tribunal de Justiça que não tiveram essa vivência aprendem muito com os juristas no TSE”.
Pecado original – O ministro Admar Gonzaga criticou a “falta de democracia dentro dos partidos políticos”, classificada por ele como “o pecado original de todas as mazelas”. Segundo o ministro, “as decisões são tomadas em portas fechadas, sem consulta aos filiados e às agremiações”. Para ele, tal postura é incompatível com o financiamento exclusivamente público de campanha. “Como destinar dinheiro público para as campanhas, se não há controle diante da falta de transparência das atividades partidárias?”, questionou Admar Gonzaga.
Ele também considerou importante o rodízio entre os ocupantes das cortes eleitorais e explicou qual é o principal papel dos juristas. “Temos o compromisso de dar estabilidade à jurisprudência, para, com isso, enfrentar as constantes alterações na Lei das Eleições, que é a Lei 9.504/1997, já que o criador da norma, o político, que é o destinatário dela, está sempre a modificando de forma casuística”, disse.
Para o ministro Tarcísio Vieira Neto, “a grande responsabilidade da justiça eleitoral é garantir a efetividade e o conteúdo do estado democrático de direito, que implica eleições, alternância, oposição e representação popular”. De acordo com ele, o “TSE é o tribunal da democracia”.
O plenário do IAB durante a mesa-redonda que debateu o relevante papel dos juristas nas cortes eleitorais
OS MEMBROS DO IAB ATUAM EM DEFESA DO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO. FILIE-SE!