A 2ª vice-presidente do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB), Rita Cortez, representou a entidade, no dia 25 de fevereiro, em Brasília, na solenidade de posse do ministro Ives Gandra Martins Filho no cargo de presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e do Conselho Superior da Justiça do Trabalho para o biênio 2016/2018. Em seu discurso de posse, após receber o cargo do ministro Barros Levenhagen, que presidiu a Corte no biênio 2014-2016, Ives Gandra Martins Filho registrou que completou 33 anos de atuação no TST, como servidor concursado, representante do Ministério Público do Trabalho e ministro, desde 1999. "A justiça do trabalho é o mais belo dos ramos da justiça brasileira, por promover a justiça social e ter por matéria-prima o trabalho humano, que deve ser valorizado, compreendido e bem regulado", afirmou. O novo presidente do TST disse, ainda, acreditar "que a Justiça do Trabalho tenha muito a contribuir para superar a crise econômica que se instalou no Brasil".
Na cerimônia, realizada no Plenário Ministro Arnaldo Süssekind, o novo presidente do TST deu posse aos ministros Emmanoel Pereira e Renato de Lacerda Paiva, nos cargos de vice-presidente e corregedor-geral da Justiça do Trabalho, respectivamente. A solenidade contou com as presenças, na mesa de honra, do vice-presidente da República, Michel Temer; dos presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, e da Câmara Federal, deputado Eduardo Cunha; dos ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto; do núncio apostólico no Brasil e embaixador da Santa Sé, Dom Giovanni d'Aniello; do procurador-geral do Trabalho, Ronaldo Curado Fleury, e do advogado Marcus Vinícius Furtado Coêlho, representando o presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Claudio Lamachia.
Na sua primeira manifestação como presidente do TST, o ministro Ives Gandra Martins Filho propôs um entendimento nacional que abranja as centrais sindicais e confederações patronais e de trabalhadores em torno de convergências que ajudem o País a sair da crise econômica. "Penso que apenas nos despindo de interesses pessoais e pensando no bem maior do País é que, juntos, poderemos, com sacrifício, voltar a crescer e prosperar", afirmou.
Em seu diagnóstico da situação da Justiça do Trabalho, o ministro enfatizou que as principais dificuldades por ela enfrentadas são o crescimento das demandas e o excesso de recursos decorrentes da complexidade do sistema processual e recursal e o desprestígio dos meios alternativos de composição dos conflitos sociais. Segundo o ministro Ives Gandra Martins Filho, a solução passa pela racionalização judicial, a simplificação recursal e a valorização da negociação coletiva. "É preciso fazer do processo um meio, e não um fim, prestigiando as soluções que o tornem mais célere e objetivo, reduzindo ao mesmo tempo as demandas judiciais", sentenciou.