As afirmações de Rita Cortez foram feitas ao participar de uma live no Instagram sobre ‘O futuro do Direito do Trabalho diante da crise econômica’, a convite do juiz Marcos Dias, do Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro (TRT/RJ), no perfil @papotrabalhistaoficial. Rita Cortez ressaltou que a participação dos sindicatos nas negociações destinadas à redução de salários está prevista na Constituição Federal. “Além da previsão constitucional, não podemos esquecer que o Direito do Trabalho foi construído, ao longo de décadas, pelas lutas e conquistas dos trabalhadores, sobretudo por meio das negociações coletivas”, afirmou a presidente do IAB.
A advogada comentou também a decisão do plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) que, na última sexta-feira (17/4), por sete votos a três, assegurou a validade dos acordos individuais previstos na MP. “O Supremo sempre foi muito conservador com as matérias trabalhistas e sindicais”, criticou.
A presidente do IAB disse que a MP e o reconhecimento da sua constitucionalidade pelo STF enfraquecem a classe trabalhadora. “O Direito do Trabalho existe para proteger a parte mais frágil da relação jurídica, o que não ocorre nas negociações individuais para redução de salários e jornada de trabalho”, fundamentou.
OS MEMBROS DO IAB ATUAM EM DEFESA DO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO. FILIE-SE!