Na categoria Reportagens Jornalísticas, em primeiro lugar ficou ‘A crise na saúde no Estado do Rio durante a pandemia’, série de reportagens publicada pelo jornalista Rubem Berta. Ele denunciou com exclusividade, no Blog do Berta, o desvio de recursos públicos que se destinariam ao combate à Covid-19 no Rio de Janeiro, o que levou ao afastamento do governador Wilson Witzel.
Criado em 2012, o prêmio que celebra a memória da juíza Patrícia Acioli tem o apoio do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (Emerj) e da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Titular da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo (RJ), a magistrada foi assassinada em 2011, em Niterói, por policiais militares. O prêmio tem o objetivo de identificar, disseminar, estimular e homenagear as ações em defesa dos direitos humanos.
A presidente nacional do IAB elogiou a iniciativa da Amaerj: “O prêmio incentiva práticas humanísticas, igualitárias e sem preconceitos que garantam acesso à educação, à saúde e à assistência social, promovendo-se o bem-estar e a justiça social”. Ainda de acordo com a advogada, “falar em direitos humanos é tratar dos valores democráticos e dos direitos da cidadania”.
Memória – A cerimônia, que foi aberta pelo presidente da Amaerj, juiz Felipe Gonçalves, contou com a participação do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux. “É uma honra muito grande participar deste evento que homenageia a memória da juíza Patrícia Acioli, que foi minha aluna na Universidade do Estado do Rio de Janeiro”, disse.
Também compuseram a mesa de honra virtual o diretor-geral da Emerj, desembargador André Andrade; a presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Renata Gil; a 1ª secretária da Amaerj, Márcia Succi; e o diretor do Departamento de Direitos Humanos da Amaerj, Daniel Konder, o defensor público-geral do RJ, Rodrigo Baptista Pacheco; o presidente da OAB/RJ, Luciano Bandeira; o deputado federal Alessandro Molon (PSB/RJ) e a deputada estadual Mônica Francisco (Psol).
Os trabalhos inscritos concorreram ao prêmio em quatro categorias: Reportagens Jornalísticas, Trabalhos dos Magistrados, Trabalhos Acadêmicos e Práticas Humanísticas. O primeiro lugar de cada categoria recebeu R$ 15 mil; o segundo, R$ 10 mil; e o terceiro, R$ 5 mil. Os três primeiros colocados também ganharam troféus. Os demais finalistas foram homenageados com menções honrosas.
Na categoria Trabalhos dos Magistrados, o primeiro lugar ficou com ‘Inserção da anomalia congênita constatada e descrita na declaração de nascido vivo na certidão de nascimento’, dos juízes Demétrio Saker Neto e Teodoro Silva Santos, do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJCE). O projeto permite incluir a informação sobre a anomalia na certidão para fins de reconhecimento da pessoa com deficiência.
Na categoria Trabalhos Acadêmicos, o prêmio principal foi entregue às autoras de ‘Yanomami enterrado como branco: uma análise das violações aos direitos do povo indígena Yanomami, ocorridas no contexto de enfrentamento da Covid-19’, Líbia de Paula Ferreira da Silva e Phâmela Beatriz Vitorino Mendes. Elas se debruçaram sobre o impedimento da realização dos rituais fúnebres indígenas na pandemia, em razão das normas sanitárias.
O Laboratório de Direitos Humanos da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), em Minas Gerais, coordenado pelo professor-adjunto Rodrigo Vitorino Souza Alves, conquistou a primeira colocação na categoria Práticas Humanísticas. O projeto ‘Laboratório de Direitos Humanos’ promove ações de ensino, pesquisa e extensão relacionadas a diferentes dimensões dos direitos humanos, especialmente em matéria de cidadania e desenvolvimento.
OS MEMBROS DO IAB ATUAM EM DEFESA DO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO. FILIE-SE!