Ocuparam a tribuna a diretora de Sede, Kátia Rubinstein Tavares, e as integrantes da Comissão de Direitos Humanos Deborah Prates e Margarida Pressburger. “A mulher foi determinante para a ocorrência de importantes mudanças ao longo do século passado, e até hoje a luta continua para que ela possa ter o mesmo reconhecimento profissional que os homens”, afirmou Kátia Tavares.
Dentre as advogadas que compareceram à cerimônia também estavam presentes a 1ª vice-presidente, Rita Cortez; a diretora secretária, Adriana Brasil Guimarães; a diretora de Mediação, Conciliação e Arbitragem, Ana Tereza Basílio; a chefe de Gabinete da Presidência, Maíra Fernandes, e as presidentes das comissões de Propriedade Intelectual, Silvia Dain Gandelman, de Seguridade Social, Suzani Andrade Ferraro, e de Direito Penal, Victória de Sulocki. A presidente da Comissão de Direito Ambiental e diretora de Comissões, Legislação e Pesquisa, Vanusa Murta Agrelli, não pôde comparecer e enviou uma mensagem, lida por Técio Lins e Silva, exaltando a iniciativa do IAB de homenagear as mulheres.
Em seu discurso, Kátia Tavares lembrou que, “no Brasil, somente em 1932 a mulher passou a votar” e consignou que “uma das figuras brasileiras mais importantes na luta pela conquista do direito de voto foi a jurista e bióloga Bertha Lutz, que ainda foi responsável, entre outras vitórias, pela garantia de emprego para gestante”.
A advogada Deborah Prates
Kátia Tavares falou também do pioneirismo da escritora, advogada e feminista Maria Ernestina Carneiro Santiago Manso Pereira, mais conhecida como Mietta Santiago. “Em 1928, ela impetrou mandado de segurança frente ao artigo 70 da Constituição Federal de 1891, que definia como eleitores, sem discriminação de sexo, os cidadãos maiores de 21 anos, e obteve sentença que lhe permitiu votar em si mesma para um mandato de deputada federal”, relatou.
A diretora do IAB citou versos dedicados por Carlos Drummond de Andrade à advogada mineira, em que o poeta diz: “Mietta Santiago, loura, poeta, bacharel / Conquista, por sentença de juiz, direito de votar e ser votada para vereador, deputado, senador e até presidente da República / Mulher votando? Mulher, quem sabe, chefe da Nação?”.
A consócia Margarida Pressburger
No seu pronunciamento, Deborah Prates, primeira advogada com deficiência a ingressar nos quadros do IAB, afirmou: “Gostaria de registrar a minha alegria de estar aqui representando as mulheres com deficiência, oprimidas e invisíveis aos olhos da sociedade”.
Margarida Pressburger complementou: “Continuaremos na luta, que, muitas vezes, tem sido inglória”.
Leia abaixo a íntegra do discurso da diretora de Sede, Kátia Rubinstein Tavares.
OS MEMBROS DO IAB ATUAM EM DEFESA DO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO. FILIE-SE!