Na sua manifestação, a diretora do IAB disse também que, embora tenha se formado em 1898, Myrthes Campos, “por conta dos padrões da época, conseguiu o seu registro como advogada somente em 1906”. De acordo com Kátia Tavares, “passados anos do desafio de Myrthes, o contexto mudou e as mulheres atuam de forma competente, como profissionais do Direito, reiterando, cada vez mais, as qualidades do feminino que compõem grandes nomes da advocacia e nas carreiras jurídicas”.
Após a premiação, Roberta Menezes Coelho de Souza discursou: “A criação do Prêmio Myrthes Gomes de Campos revela comprometimento com o Direito em seu sentido mais amplo, como fundamento da ordem social que atribui às pessoas deveres e obrigações, reciprocidade de poderes e o dever de promover a igualdade”.
A homenageada falou da importância de Myrthes Campos para a advocacia feminina. “Foi por meio da voz dela que o Brasil inaugurou a atuação da mulher advogada, que se deu logo em um ambiente hostil e pesado de Tribunal do Júri, no qual Myrthes defendeu um homem acusado de ter agredido um terceiro a golpes de navalha, fato de enorme repercussão nos jornais da época”.
OS MEMBROS DO IAB ATUAM EM DEFESA DO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO. FILIE-SE!