Na homenagem póstuma, Adilson Rodrigues Pires, que também é diretor de Apoio às Comissões, disse ainda a respeito do consócio que foi membro do Conselho Superior do IAB: “Costumo dizer que, quando perdemos um ente querido, como o Ricardo, a gente não deve alimentar saudade, isto é doloroso, mas, sim, deve-se conservar na memória a lembrança dos melhores e mais felizes momentos que passamos com ele. Isto é o que alimenta a nossa alma e o nosso pensamento”.
Ricardo Lobo Torres
Leia a íntegra da homenagem:
Após longo período de grave enfermidade, que o afastou de toda e qualquer atividade intelectual, faleceu, na sexta-feira passada, dia 25, o nosso confrade Ricardo Lobo Torres, fato que muito nos entristece, a nós do IAB, assim como a toda a comunidade jurídica do Rio de Janeiro e do Brasil.
Uma das maiores expressões do Direito Tributário, reconhecido em todo o País e no exterior, Ricardo integrava a Comissão de Direito Financeiro e Tributário, além de ter sido membro do Conselho Superior do nosso Instituto.
Ingressou por concurso na Procuradoria do Estado do Rio de Janeiro e lá ocupou com competência, seriedade e dedicação à causa pública os mais diversos cargos de chefia e de assessoria.
Na esteira da vida acadêmica, sua maior paixão, deixou um rico legado, tendo sido autor de mais de uma dezena de livros e mais de uma centena de artigos publicados.
Na Uerj, sua segunda casa, foi aprovado em concurso público para professor adjunto e, depois, professor titular. Ocupou os cargos de coordenador do Programa de Pós-Graduação e de vice-diretor da Faculdade de Direito daquela universidade. Aqui mesmo, neste plenário, tenho certeza de que se encontram ex-alunos do professor Ricardo, certamente não poucos, que agora ouvem esta homenagem com emoção e boas lembranças do mestre querido.
Bastante requisitado, foi, ainda, professor em diversas outras faculdades e participou, sem nunca se negar a comparecer, de bancas de concursos públicos, bancas para ingresso em cursos de mestrado e doutorado, de avaliação de mestrandos e doutorandos e proferiu palestras em congressos pelo Brasil inteiro.
É certo que os milhares de seus ex-alunos guardam na memória o carinho e a atenção que o professor Ricardo a eles dedicava. Generoso, sempre com um afável sorriso atendia a todos os que o procuravam buscando um conselho ou um incentivo nos estudos.
Costumo dizer que, quando perdemos um ente querido, como o Ricardo, a gente não deve alimentar saudade, isto é doloroso, mas, sim, deve-se conservar na memória a lembrança dos melhores e mais felizes momentos que passamos com ele. Isto é o que alimenta a nossa alma e o nosso pensamento.
Nosso colega e amigo Ricardo nos deixou, mas o seu exemplo e a sua grandeza ficarão guardados para sempre no canto mais importante que para ele reservamos no nosso coração.
Obrigado, Ricardo, por tudo.
Rio de Janeiro, 30 de maio de 2018.
Adilson Rodrigues Pires