OS MEMBROS DO IAB ATUAM EM DEFESA DO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO. FILIE-SE!
Quarta, 22 Abril 2020 22:07
Felipe Santa Cruz destaca o papel da advocacia em defesa da democracia e da cidadania
“O presidente da OAB não pode ficar calado diante de um ato realizado em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília, em defesa do retorno da ditadura e do fechamento do Supremo Tribunal Federal.” A afirmação foi feita pelo presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (CFOAB), Felipe Santa Cruz, nesta quarta-feira (22/4), numa live no Instagram com a presidente nacional do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB), Rita Cortez, no perfil @iabnacional. De acordo com o advogado, “os médicos estão lutando para salvar vidas e a advocacia está lutando para proteger a democracia e a cidadania”.
Ao criticar o ato a favor da intervenção militar, Felipe Santa Cruz alertou que “o fim da democracia é o fim da advocacia e, consequentemente, da cidadania”. Rita Cortez concordou o presidente da OAB e acrescentou: “A advocacia tem o dever de fazer cumprir a ordem jurídica constitucional”. O presidente do CFOAB falou também sobre a importância da preservação das prerrogativas da classe. De acordo com ele, “as prerrogativas foram instituídas com muito sacrifício e com o propósito de garantir o exercício da advocacia”.
Sobre a posição dos advogados que pensam de modo oposto, Santa Cruz lamentou: “É triste ver colegas que não comungam com a defesa da imparcialidade do juiz, do contraditório e do amplo direito de defesa, em prol de um punitivismo exacerbado, que pode contaminar todos os ramos do Direito”.
Felipe Santa Cruz falou, ainda, sobre o ofício encaminhado na última segunda-feira (20/4) ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), solicitando o retorno da contagem dos prazos após o dia 30 abril, nos processos judiciais que tramitam em meio eletrônico. Os prazos estão suspensos desde o dia 19 de março, quando foi publicada a Resolução 313/2020, do CNJ.
O requerimento levou em conta uma pesquisa realizada pela OAB com 55.084 advogados e advogadas, dos quais 52,02% se disseram a favor do retorno dos prazos dos processos eletrônicos. "A medida evitaria o acúmulo de processos e um colapso do sistema judicial", destacou Santa Cruz.