Segunda, 15 Janeiro 2018 03:41
Em entrevista ao programa Menorah na TV, Técio fala sobre sua gestão à frente do IAB
Em uma longa entrevista ao jornalista e advogado Ronaldo Gomlevsky, no programa Menorah na TV (canal 6 da NET Rio) o presidente do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB), Técio Lins e Silva, fala do significado das duas gestões à frente da entidade, expõe sua visão da advocacia – profissão que exerce há 50 anos na área criminal – e comenta o cenário político e o atual estado do País. O programa foi exibido no dia 4 de janeiro e reapresentado ao longo da semana. Para assisti-lo, clique aqui.
“Eu sou produto de uma advocacia que nasceu no período mais duro que nós vivemos, na ditadura militar. Como eu advoguei nas trevas – e ultrapassamos –, tenho esperança de que encontremos um ponto de equilíbrio.” Assim, Técio traça um paralelo do período da ditadura com os dias atuais, em que, segundo ele, “vivemos um tempo de difícil compreensão, principalmente no ramo da advocacia criminal”.
Ele critica o instituto da delação premiada, que define como “uma deformação”, pois o delator e seu advogado assumem o compromisso de não interpor recursos e de não mentir, ou seja, “fazem um pacto abrindo mão de cláusulas pétreas da Constituição Federal”. O presidente do IAB também lembra que, hoje, o escritório do advogado não é mais inviolável e pode ser alvo de interceptação telefônica e mandado de busca e apreensão, decretado por um juiz.
“Há um desrespeito aos direitos fundamentais que foram conquistados à custa de muita luta da Humanidade. Mas, sou um otimista. Espero e torço por um país melhor e uma Justiça mais democrática”, afirma Técio. Para ele, a solução está na política: “Sem ela, não vamos a lugar algum. Tenho esperança de que a nova geração resgate a credibilidade no exercício da política e possa assumir as responsabilidades que estão abertas”.
Sobre os seus dois mandatos à frente do IAB, Técio diz que os últimos quatro anos foram “gloriosos” e que teve muito prazer e orgulho de reformar e restaurar a sede histórica, além de contribuir para aumentar o prestígio da Casa de Montezuma, a mais antiga entidade jurídica das Américas, com 174 anos. “O IAB é a academia do Direito e é responsável pela construção da ordem jurídica brasileira”, afirma.
Ronaldo Gomlevsky, que presidiu a Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro (Fierj), lembrou o projeto Seminário Israel, criado por ele, que levava formadores de opinião para conhecer o país. Técio Lins e Silva foi um dos convidados, em 1987, e fala das suas impressões: “Foi uma experiência inesquecível de vigor, de crença na população, na educação, na juventude e na possibilidade de se criar um estado forte e fazer o país crescer”.
Ele critica o instituto da delação premiada, que define como “uma deformação”, pois o delator e seu advogado assumem o compromisso de não interpor recursos e de não mentir, ou seja, “fazem um pacto abrindo mão de cláusulas pétreas da Constituição Federal”. O presidente do IAB também lembra que, hoje, o escritório do advogado não é mais inviolável e pode ser alvo de interceptação telefônica e mandado de busca e apreensão, decretado por um juiz.
“Há um desrespeito aos direitos fundamentais que foram conquistados à custa de muita luta da Humanidade. Mas, sou um otimista. Espero e torço por um país melhor e uma Justiça mais democrática”, afirma Técio. Para ele, a solução está na política: “Sem ela, não vamos a lugar algum. Tenho esperança de que a nova geração resgate a credibilidade no exercício da política e possa assumir as responsabilidades que estão abertas”.
Sobre os seus dois mandatos à frente do IAB, Técio diz que os últimos quatro anos foram “gloriosos” e que teve muito prazer e orgulho de reformar e restaurar a sede histórica, além de contribuir para aumentar o prestígio da Casa de Montezuma, a mais antiga entidade jurídica das Américas, com 174 anos. “O IAB é a academia do Direito e é responsável pela construção da ordem jurídica brasileira”, afirma.
Ronaldo Gomlevsky, que presidiu a Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro (Fierj), lembrou o projeto Seminário Israel, criado por ele, que levava formadores de opinião para conhecer o país. Técio Lins e Silva foi um dos convidados, em 1987, e fala das suas impressões: “Foi uma experiência inesquecível de vigor, de crença na população, na educação, na juventude e na possibilidade de se criar um estado forte e fazer o país crescer”.