Paulo Fernando Pinheiro Machado
O ingresso dos novos consócios foi celebrado por Pinheiro Machado, que também é representante institucional do IAB no Paraná. Ele destacou o grande prazer em indicar ao Instituto dois grandes nomes da diplomacia brasileira. “Eles são dois dos maiores homens públicos que o Brasil teve em sua história”, disse o advogado, que também é diplomata. Ao saudar os novos membros, que farão parte da Comissão de Direito Internacional, o indicante lembrou de importantes atuações de ambos nas políticas externa e interna. Ricupero foi embaixador na Itália e nos Estados Unidos, além de ministro da Fazenda; já Fonseca atuou como embaixador no Chile e cônsul-geral em Madrid e no Porto. Segundo Pinheiro Machado, eles tiveram papel fundamental “na estabilidade macroeconômica e na recolocação do Brasil no mundo”.
Em seu primeiro discurso como filiado da Casa de Montezuma, Ricupero sublinhou a gratidão em ingressar nos quadros da entidade. Ele concluiu seu agradecimento lembrando o momento sensível de reconstrução democrática enfrentado pelo Brasil após a crise política dos últimos anos. “Hoje, na volta da institucionalidade, eu creio que cabe um papel fundamental do Direito no aprimoramento das instituições brasileiras – nós precisamos cada vez mais do Direito”, afirmou o diplomata. Citando a tradição diplomática brasileira, Ricupero a definiu como “o amor e a fidelidade ao Direito Internacional”.
Gelson Fonseca Junior
Fonseca também exaltou o papel da diplomacia para o País: “Nós, diplomatas, temos uma diferença fundamental em relação aos advogados, nós somos advogados de um cliente só: o interesse nacional”. Definindo o ingresso no IAB como um momento alto, o ex-embaixador disse ser uma honra participar de uma entidade da qual seu pai foi consócio. “Estar aqui hoje tem um significado especial para mim. Conheço a contribuição notável do Instituto à cultura jurídica brasileira, as lutas pela afirmação do Direito, pela defesa e pelo fortalecimento da cidadania, mas, para mim, estar aqui hoje é reviver um pouco as memórias do meu pai”, contou Fonseca, lembrando que seu pai era frequentador assíduo das sessões plenárias.