Mediado pela diretora geral do CCJF, desembargadora federal Simone Schreiber, o debate contou com a presença da filha de Olga Benário e Luís Carlos Prestes, a historiadora Anita Leocádia Prestes, e do cientista social Paulo Celso Correa, além da participação da ministra Carmen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, em depoimento por vídeo. O evento aconteceu na Sala de Sessões do CCJF, mesmo local onde Olga Benário foi julgada, quando ali funcionava o STF.
Em 1936, o advogado Heitor Lima impetrou habeas corpus em favor de Olga Benário Prestes, com o intuito de impedir a deportação da ativista para a Alemanha nazista. Depois que o habeas corpus foi negado, Olga, grávida de sete meses, foi entregue ao governo alemão e mantida presa até o nascimento e o período de amamentação de sua filha, quando então foi enviada a um campo de concentração e executada, em abril de 1942. A menina foi entregue à avó paterna, Leocádia.
Durante o evento, sob fortes aplausos, Anita Leocádia Prestes recebeu uma placa em sua homenagem das mãos do ministro Sebastião Reis, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que também prestigiou o evento.