Daniel Apolônio Vieira disse também que “a representação sindical está imbricada com a liberdade sindical, sem a qual não há democracia e cidadania”. Para o presidente da Comissão de Direito do Trabalho do IAB, “a reforma trabalhista trouxe um enorme paradoxo, ao dar enorme ênfase à negociação coletiva como forma de regulação dos contratos e, contraditoriamente, suprimir a principal fonte de custeio das entidades sindicais”. Ele também fez críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF). “Com o todo o respeito, a Corte Suprema, ao chancelar a constitucionalidade da voluntariedade do imposto sindical, deixou de enfrentar importantes questões que afligem as entidades sindicais”, afirmou.
Ao tratar do fim da contribuição obrigatória, que reduziu as receitas dos sindicatos, o presidente da Comissão de Direito Sindical da OAB/RJ indagou: “Como o Judiciário e advogados vão se posicionar em uma mesa de negociação em relação aos trabalhadores sindicalizados? E com os não sindicalizados?”. Segundo Márcio Cordeiro, “essa diferenciação já está ocorrendo nas negociações coletivas".
A procuradora do Ministério Público do Trabalho (MPT) do Rio de Janeiro, Viviann Brito Mattos, disse que as relações de trabalho sempre foram muito conflituosas. "Nós temos dois polos, um dos quais não tem poder econômico de negociação suficiente”, afirmou a procuradora. De acordo com ela, os trabalhadores, historicamente, sempre tiveram que contar com associações que os representassem e negociassem com os detentores do poder.
O diretor de Comunicação Institucional da OAB/RJ, Marcus Vinicius Cordeiro, defendeu a importância da realização de debates que reúnam informações e visões diferentes sobre as questões trabalhistas de interesse da cidadania. O desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT1) Gustavo Tadeu Alkmim também participou do debate.
OS MEMBROS DO IAB ATUAM EM DEFESA DO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO. FILIE-SE!