O desenvolvimento do projeto foi incumbido ao diretor de Pesquisa e Documentação, Hariberto de Miranda Jordão Filho, nomeado por Rita Cortez para presidir a Comissão especial e transitória de apoio à criação e funcionamento do Centro de Memória do IAB. A comissão é integrada pelos consócios Angela Dias Mendes, Carlos Alberto Provenciano Gallo, Danielle Marques de Souza, Isabella Franco Guerra e Luciane Torres Santiago Cardoso. “Vamos enriquecer progressivamente o Centro de Memória”, informou Hariberto de Miranda Jordão Filho.

Da esq. para a dir., Danielle Marques de Souza, Luciane Torres Santiago Cardoso,
Carlos Alberto Provenciano Gallo e Hariberto de Miranda Jordão Filho
A memória do IAB está dividida em três fases. A inicial, de 1843 a 1889, chamada de Muitos desafios, uma vontade, abrange os primeiros anos de vida do Instituto até o final da Monarquia. Conforme registrado no site, “fundado no dia 7 de agosto de 1843, o IAB foi instalado solenemente no dia 9 de setembro daquele ano, no Salão Nobre do Colégio Pedro II, com a presença dos ministros da Justiça, Honório Hermeto Carneiro Leão, dos Estrangeiros, Paulino José Soares de Sousa, e da Marinha, conselheiro Rodrigues Chaves”.
Constituição republicana – Na segunda fase (1889/1930), intitulada Despertar de um novo tempo, destaca-se a participação do IAB, então presidido pelo advogado e senador Joaquim Saldanha Marinho, na elaboração da Constituição dos Estados Unidos do Brazil, promulgada em 1891, dois anos após a Proclamação da República. Joaquim Saldanha Marinho apresentou emenda, vetada, para garantir o direito ao voto às mulheres. Só em 1932 o voto feminino foi aprovado.

Capa da Constituição dos Estados Unidos do Brazil, de 1891, publicada pela Imprensa Nacional
A terceira fase, Uma nova sociedade à frente, que se inicia em 1930 e se estende aos dias atuais, é marcada pela criação da OAB naquele ano. Enquanto a Ordem fica responsável pela regulamentação e a defesa do exercício da advocacia, cabe ao IAB o papel de academia jurídica, discutindo e produzindo pareceres voltados para o aprimoramento do ordenamento jurídico nacional. Esta fase destaca, também, a relevância da atuação de membros do IAB na defesa dos presos políticos durante a ditadura militar instalada em 1964.
Ao final da solenidade de lançamento do projeto Centro de Memória, Carlos Alberto Provenciano Gallo entregou a Rita Cortez um quadro com o brasão do Visconde de Jequitinhonha, título recebido por Francisco Gê Acayaba de Montezuma, primeiro presidente do IAB. “Este evento ficará gravado para a posteridade e ciência dos juristas do futuro, pois estamos reunindo os dados bibliográficos destinados a contar a história do Instituto dos Advogados Brasileiros”, afirmou Carlos Alberto Provenciano Gallo.

Da esq. para a dir., Kátia Tavares, Carlos Alberto Provenciano Gallo e Rita Cortez