Luiz Fernando Santos Reis falou também sobre a importância do papel desempenhado pelas agências reguladoras e a necessidade de que haja segurança jurídica para a concretização dos contratos voltados para investimentos em infraestrutura. “A segurança jurídica será mais forte quanto mais clara e menos discricionária for a regulação, sendo necessário para isso, em primeiro lugar, que as agências sejam mais eficientes e independentes, como também que o Poder Judiciário seja mais célere”, afirmou.
Na sua exposição, o procurador do Estado do Rio de Janeiro e professor titular da Uerj Alexandre Santos de Aragão também tratou das dificuldades enfrentadas pelo País para promover o crescimento econômico. “Desde 2014, o Brasil está num estado permanente de sobressalto, em razão da elevada temperatura política, da instabilidade econômica e da insegurança legislativa a respeito das reformas a serem feitas”, afirmou o procurador.
Segundo ele, “o Direito talvez não tenha condições de dar solução para tudo isso, mas a arbitragem, cada vez mais utilizada no País, pode oferecer maior serenidade para a pacificação de muitos conflitos relacionados a contratos de investimentos em infraestrutura”. A respeito das propostas de privatização de estatais, Alexandre Santos de Aragão disse: “A privatização não é uma panaceia, mas pode ser positiva em alguns casos”.
Após as palestras, houve debates mediados pelo mestre em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Glauber de Brittes e o mestre em Direito pela Universidade Veiga de Almeida (UVA) Gilmar Brunizio.
