José Fernando de Freitas participou do painel a respeito da Resolução 785/2019, da ANP, que disciplina o processo de cessão de contratos de exploração e produção de petróleo e gás natural. Ainda de acordo com o representante da agência, “a ANP, na sua nova linha de ação, também quer estimular a criação e adoção de novas tecnologias, além de intensificar a comunicação entre órgãos governamentais, para agilizar o processo de licenciamento ambiental”.
No painel sobre Leilão de excedentes da cessão onerosa, fez palestra o mestre em Direito Internacional, doutor em Geologia e Regulação em Petróleo e Gás pela Uerj, ex-gerente de parcerias em pré-sal da Petrobras e membro do IAB José Alberto Bucheb. Ele deu um apanhado da trajetória histórica da legislação brasileira aplicável à exploração e à produção de petróleo e gás.
Monopólio e partilha – Segundo ele, o monopólio estatal manteve-se de 1953 a 1998, quando surgiu o regime de concessão. De acordo com José Alberto Bucheb, com o novo marco regulatório, os três tipos de contrato passaram a ser de concessão e, para as áreas do pré-sal, de cessão onerosa e partilha de produção. Bucheb disse que “pelo regime de partilha de produção, a Petrobras é sempre a operadora com, no mínimo, 30% de participação, podendo aumentá-la entrando nas licitações”. O tema foi debatido pelo ex-gerente executivo de Materiais da Petrobras e ex-gerente-geral da Petrobras América (PAI) Armando Cavanha.
Na mesa presidida por Bernardo Gicquel, presidente da Comissão de Direito da Energia Elétrica e vice-presidente da Comissão de Petróleo, Gás e Minerais, o sócio da área de energia do Veirano Transição Energética Ali Hage falou sobre O futuro da indústria de energia. “A redução de emissões de gases para combater o aquecimento global não será atingida sem uma menor dependência de combustíveis fósseis”, afirmou.
De acordo com Ali Hage, “os países produtores de petróleo e as empresas de petróleo estão, portanto, incumbidos de definir estratégias de mitigação para equilibrar os benefícios e riscos da transição para uma economia de baixo carbono”.
A superintendente de Petróleo e Indústria Naval do Estado do Rio de Janeiro, Meg de Luca, abordou o tema O novo mercado de gás no Brasil. “O Rio está localizado entre as duas maiores bacias produtoras do Brasil, sendo o estado com as maiores reservas de petróleo”, destacou a superintendente.
Segundo ela, “há uma grande expectativa de expansão no setor de óleo e gás, na próxima década, mas para que isso se realize será necessário dar destinação econômica ao gás associado ao óleo”.
OS MEMBROS DO IAB ATUAM EM DEFESA DO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO. FILIE-SE!