São pilares do estado democrático de direito que juramos defender em qualquer hipótese, independentemente da causa ou dos sujeitos envolvidos.
O IAB, em razão da sua missão institucional histórica de defesa da Constituição e do Direito, tem acompanhado, com indignação, articulações que paulatinamente tentam enfraquecer, se não esvaziar, a importância do papel social da advocacia, isto sem contar com os inúmeros discursos distorcidos que buscam questionar posicionamentos e opiniões pessoais dos profissionais ou ainda – o que é mais grave – sobre os honorários advocatícios.
São tentativas orquestradas de colocar a advocacia sempre ao lado, única e exclusivamente, da população de média e alta renda.
O Código de Ética e Disciplina dispõe expressamente que “é dever do advogado assumir a defesa criminal, sem considerar sua própria opinião sobre a culpa do acusado”. Iniciativas de constrangimento podem e devem ser objeto de desagravo pela OAB. O desagravo é solidariedade e repúdio coletivo da própria classe ao ofensor.
A independência e a autonomia da advocacia significam atuação livre de impedimentos. É atuação que não pode ser denegrida ou maculada, porque advocacia desvalorizada é Democracia agredida.
Rio de Janeiro, 6 de junho de 2019.
Rita Cortez
Presidente nacional do IAB