A advogada também ressaltou que “Candido Mendes foi um líder político de enorme envergadura, tendo se destacado no combate à ditadura militar”. Rita Cortez acrescentou: “Tive o privilégio de atuar profissionalmente com ele, que presidiu o Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior do Estado do Rio de Janeiro, negociando coletivamente as reivindicações dos professores”.
Nascido no Rio de Janeiro, no dia 3 de junho de 1928, Candido Mendes se formou em Direito, em 1950, pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e doutor em Direito pela Faculdade Nacional de Direito, na Universidade do Brasil. Eleito em 24 de agosto de 1989, foi o quinto ocupante da cadeira 35 da ABL, em sucessão a Celso Cunha. Candido Mendes foi reitor da universidade que leva o seu nome.
Além de ter dado aula na Faculdade de Direito da Universidade Candido Mendes (Ucam), também atuou como professor da PUC-RJ, da Escola Brasileira de Administração Pública da Fundação Getulio Vargas (FGV) e do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj). Tinha, ainda, uma extensa atuação como professor visitante em universidades do exterior, como Brown University, New York University, New Mexico University, University of California (LA), Stanford, Columbia e Harvard, entre outras.
Nota de pesar – Candido Mendes
O Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB) manifesta profundo pesar pela morte, aos 93 anos, do sócio remido Candido Antonio Mendes de Almeida, ocorrida nesta quinta-feira (17/2), no Rio de Janeiro, em decorrência de uma embolia pulmonar. O corpo do advogado, professor, educador, sociólogo, cientista político e membro da Academia Brasileira de Letras (ABL) será cremado nesta sexta-feira (18/2). Candido Mendes era casado com a pneumologista Margareth Dalcolmo, pesquisadora da Fiocruz, tinha quatro filhos e cinco netos. “É um orgulho para o IAB ter o acadêmico e ilustre professor Candido Mendes no seu quadro de sócios”, disse a presidente nacional, Rita Cortez.