“Após um ano de investigação, é uma vergonha para o Brasil que o caso ainda não tenha sido totalmente esclarecido”, afirmou. De acordo com Rita, “a falta de solução para o crime dá a dimensão da situação da mulher no país”.
Segunda mulher a ocupar a presidência do instituto, fundado há 176 anos, a advogada disse que “o IAB ampliou a presença feminina nos seus quadros e tem atuado em defesa das liberdades democráticas e da igualdade, que inclui a ocupação dos cargos de relevância política do país pelas mulheres”.
Seminário
Entre as palestrantes do seminário, estava a professora de Direito Penal da UFRJ e integrante do movimento feminista #partidA RJ, Luciana Boiteux, que afirmou durante o evento que “os homens medíocres temem a ocupação pelas mulheres dos espaços historicamente masculinos”.
Outra palestrante, a desembargadora do TJ/RJ e diretora de igualdade racial da OAB/RJ, Ivone Ferreira Caetano, ressaltou a presença minoritária das mulheres no Congresso Nacional. “A política brasileira ainda é muito masculina, como demonstram as pesquisas segundo as quais o país ocupa a 136ª colocação no ranking mundial de representação feminina no Parlamento”, afirmou.
Presidente da comissão da mulher do IAB, a ativista da causa das mulheres com deficiência Deborah Prates, que mediou os debates, afirmou: “Enquanto houver um ser humano no Brasil tendo a sua dignidade sendo desrespeitada, não é possível afirmar que vivemos numa democracia.”
Impunidade
Em sua exposição, a juíza Katherine Jatahy, integrante da coordenadoria estadual da mulher em situação de violência doméstica e familiar do TJ/RJ (Coem), criticou a fragilidade da apuração dos assassinatos de mulheres.“A impunidade continua sendo a regra nas investigações dos casos de feminicídio.”
Para a doutoranda e mestre em Política Social pela UFF, Luciana Bittencourt, “a história contemporânea não pode ser compreendida sem o entendimento da violência contra a mulher na internet”. De acordo com ela, “a violência física vem sendo acompanhada da violência simbólica”.
Presidente da ONG Pela Vidda Rio e ativista da causa das pessoas transgênero, a advogada Maria Eduarda Aguiar falou sobre retrocessos que, segundo ela, estão ocorrendo na área da saúde, especialmente em relação ao atendimento aos transexuais.
___________