Humberto Adami, que também é presidente da Comissão Nacional da Verdade da Escravidão Negra no Brasil (CNVENB) do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (CFOAB), falou sobre o parecer. “O parecer conclui que a escravidão foi um crime de lesa-humanidade e abre um caminho muito sólido pela a luta pela reparação, que, aliás, é um trabalho internacional, pois há iniciativas no mesmo sentido em outros países, como a Namíbia e a Jamaica”, informou.
Na abertura do bate-papo, a presidente do IAB informou que a live estava sendo realizada no dia em que se completavam 138 anos da morte do advogado baiano e abolicionista Luiz Gama, que morreu aos 52 anos, no dia 24 de agosto de 1882, em São Paulo. Luiz Gama dá nome à comenda desenhada para o IAB por Oscar Niemeyer, em 2009, quando o arquiteto tinha 101 anos de idade. A medalha é destinada àqueles que lutam em defesa do estado democrático de direito.
A respeito dessa luta, Rita Cortez destacou o papel da advocacia: “O racismo estrutural não pode ser analisado somente pelo viés sociológico, pois tem que ser submetido também à análise jurídica, para fundamentar iniciativas relevantes, como, por exemplo, as políticas de cotas, que são ações afirmativas”. A advogada também dimensionou a abrangência do parecer do IAB. “O Brasil tem uma dívida histórica com os escravos libertos pela Lei Áurea, pois não houve um trabalho de transição, para que eles reunissem condições de ter direito a uma vida digna”, criticou. De acordo com Humberto Adami, “a atuação do IAB na abolição da escravatura ainda renderá muitas lives e debates”.
OS MEMBROS DO IAB ATUAM EM DEFESA DO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO. FILIE-SE!