A democracia é um sistema em que o diálogo, a diversidade de opiniões e a tolerância são valorizados, permitindo uma sociedade mais justa e igualitária. Por essa razão, a celebração dos avanços conquistados a partir desse regime também passam pela comemoração do rompimento com a ditadura militar, que vigorou no Brasil entre os anos de 1964 e 1985. A data escolhida para a celebração lembra um dos crimes mais emblemáticos do período: a morte do jornalista Vladimir Herzog, então diretor de jornalismo da TV Cultura, ocorrida sob tortura nas dependências do Destacamento de Operações de Informação – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI) em 25 de outubro de 1975, em São Paulo.
Embora não seja uma data oficialmente reconhecida, a celebração é uma oportunidade para refletir sobre a liberdade, participação política e direitos individuais que são garantidos em uma democracia. Neste ano, representantes do Instituto Vladimir Herzog vão encaminhar ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, o projeto de lei que visa a oficialização de 25 de outubro como Dia Nacional da Democracia. De acordo com a entidade, a medida será um importante passo para o cumprimento da sentença da Corte Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA). A Corte determinou que o Brasil adotasse medidas reparatórias, entre elas “ato público de reconhecimento de responsabilidade internacional pelos fatos do presente caso, em desagravo à memória de Herzog e à falta de investigação, julgamento e punição dos responsáveis por sua tortura e morte”.