O legado do advogado, segundo Sanches, permanecerá na academia, onde ele contribui como um grande pensador do Direito, e no IAB, que teve em Ricardo Lira um presidente dedicado. “Ele continuará a inspirar a comunidade jurídica e as gerações que lutam por um País mais justo e igualitário. A família, nas pessoas de Magally e de seu brilhante filho José Ricardo, recebe nosso enorme carinho e o compromisso de honrar com a história desse grande brasileiro”, afirmou.
Membro remido do Instituto, o advogado ingressou na Casa de Montezuma há quase 55 anos e a conduziu entre 1992 e 1994. O trabalho de Ricardo Lira foi celebrado pelo IAB em diversas ocasiões. Em 1995, a entidade concedeu a ele a Medalha Teixeira de Freitas, que reconhece o conjunto dos trabalhos publicados produzidos pelo agraciado, bem como sua contribuição ao Direito e à Justiça. No último ano, o Instituto também ofereceu ao jurista a Medalha Levi Carneiro, destinada aos associados que atingiram mais de 30 anos de filiação e dedicação aos trabalhos da instituição.
Com atuação jurídica brilhante, Ricardo Lira foi procurador do Estado do Rio de Janeiro e se tornou uma autoridade no campo do Direito Urbanístico. Ele se formou em Direito em 1955 pela antiga Universidade do Estado da Guanabara, a atual Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Em 1972, tornou-se doutor em Direito pela mesma universidade, onde se dedicou à docência e foi responsável pela formação de gerações de advogados. Ele também foi vice-diretor da Uerj, diretor-geral da Escola Superior de Advocacia da OAB/RJ e presidente científico da Associação Brasileira de Direito Civil (ABDC) desde sua criação.
Ricardo Lira deixa a esposa, Magally Pereira Lira; dois filhos, Jerônimo José Pereira Lira e José-Ricardo Pereira Lira, que preside a Comissão de Direito Urbanístico do IAB e a Comissão Especial de Direito Urbanístico e Direito Imobiliário da OAB/RJ; além de três netos, João Miguel Pereira Lira, Francisco Pereira Lira e João Roxo Pereira Lira.