O encontro, que foi organizado pelas Comissões da Mulher e de Prerrogativas da OAB/RJ e pelo IAB, contou com a mediação da diretora Cultural do IAB e vice-presidente da Comissão de Prerrogativas da Seccional, Leila Pose Sanches. Participaram do debate o presidente da OAB/RJ, Luciano Bandeira; a secretária geral da OAB Mulher, Flávia Monteiro; a especialista em desenvolvimento humano e pessoal Flávia Camanho; a membro do Conselho Superior do IAB e conselheira da OAB/RJ Maria Adélia Campello; o tesoureiro da OAB/RJ e presidente da Comissão de Prerrogativas da Seccional, Marcello Oliveira; o secretário-geral da Ordem, Álvaro Quintão, e a secretária-adjunta da OABRJ e presidente da Associação Carioca dos Advogados Trabalhistas (Acat), Mônica Alexandre.
De acordo com a presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos da Ordem, não é possível ignorar que existe um “racismo sistêmico que orienta toda a estrutura social no Brasil”. Para a advogada, as operadoras do Direito que são negras experienciam constantemente as consequências do racismo. Já as brancas, segundo ela, ainda que involuntariamente, se beneficiam dos privilégios sociais gerados pelo preconceito racial.
Debater sobre a identidade feminina, de acordo com Leila Pose Sanches, “é importante para ouvir sobre o quanto nós já avançamos”. Segundo a mediadora, é importante reunir diferentes gerações de mulheres advogadas para trocar experiências. “Essas conversas precisam acontecer para construirmos um modelo melhor”, afirmou. Desde o passado, lembrou Flávia Camanho, as mulheres são expostas à negação de equidade: “Viemos de uma história onde as mulheres não tinham acesso à educação. Mulheres vêm tendo acesso a uma série de aberturas de escolhas há muito pouco tempo”.
Nesse ponto, segundo Maria Adélia Campello, o empoderamento feminino oportunizou várias conquistas. “Atualmente, conseguimos provocar reflexões sociais. A nossa caminhada sempre foi árdua, mas temos que continuar batalhando por uma sociedade mais ergonômica”, afirmou a ex-presidente do IAB. Luciano Bandeira disse que o trabalho desenvolvido pelas comissões organizadoras “são imprescindíveis para efetivar a defesa de nossas prerrogativas e motivar pautas por uma sociedade mais igualitária”.
No mesmo sentido, Marcello Oliveira afirmou que os eventos que debatem as pautas de igualdade são necessários para furar a bolha de reflexão. “Temos que impactar a classe, gerar instrumentos e forças para atuar no atual cenário da sociedade, e, também, fomentar o diálogo e a troca, para prover subsídios à advocacia".
Também prestigiaram o evento a ex-presidente do IAB Rita Cortez, a presidente da OAB Mulher, Flávia Ribeiro, o coordenador-geral da Comissão de Prerrogativas da Seccional, Marcell Nascimento, e a diretora de Convênios da Caarj, Fernanda Mata.