O webinar foi conduzido pela diretora de Biblioteca do IAB, Marcia Dinis. Também fizeram palestras Francisco Bilac Pinto, representante da Editora Gen Jurídico, e Wilson Lopes Maduro, dono da Livraria Café do Wilsinho, localizada no Centro do Rio e especializada em publicações jurídicas. O estabelecimento só não fechou as portas na pandemia graças à ajuda dada pela Caarj. “Com o apoio que recebemos, já promovemos importantes encontros, sem aglomeração, na calçada da livraria”, destacou o proprietário, conhecido entre os advogados como "Wilsinho livreiro". Segundo ele, “o livro físico não vai morrer, pois está provado que com ele você absorve mais a informação do que com o digital, que, logicamente, também tem a sua importância”.
A respeito de não ter havido aumento na venda de livros digitais nos últimos anos, frente à queda na aquisição de livros físicos, Gustavo Martins de Almeida comentou que, ao mesmo tempo, houve crescimento do número de universitários no País. “Em 2009, as universidades tinham cerca de seis milhões de alunos, enquanto em 2020 esse contingente passou um pouco de oito milhões, num aumento expressivo de 41%, sem que isso resultasse em mais vendas de livros”, informou. Na opinião do advogado do Snel, “isso pode ser um forte indicativo de que os alunos estão estudando quase que somente por meio de acesso a resumos dos assuntos que ficam disponíveis na internet”.
Compras pela internet – Francisco Bilac Pinto falou que, especificamente no período da pandemia, a comercialização de livros foi alterada. “A despeito de fatores como o fechamento de grandes livrarias como a Saraiva e a Cultura, nestes tempos de isolamento social se intensificou a venda de livros impressos, que registrou aumento de 38% no período de julho de 2020 a julho de 2021”, informou o representante da Editora Gen Jurídico, que ressaltou ter sido feita pela internet a maioria das compras.
Francisco Bilac Pinto também fez uma análise do comportamento do mercado em um período mais amplo. “Quando a internet começou a ganhar força, várias publicações destinadas aos operadores do Direito foram sumindo aos poucos do mercado”, informou. Segundo ele, “de todos os tipos de publicações, de um modo geral, hoje, o livro didático é o que ainda permanece com mais força na vendagem”.
No encerramento do evento, Marcia Dinis e Ricardo Menezes falaram sobre a importância dos livros, dos livreiros e das livrarias. “Os livreiros acabam se tornando nossos companheiros da vida inteira”, disse a diretora de Biblioteca, para quem “os jovens estudantes precisam recorrer mais aos livros físicos, pois a busca pelo conhecimento não pode se dar somente por meio da internet”. O presidente da Caarj também ressaltou a importância dos livreiros e disse que “Wilsinho livreiro é um grande amigo da advocacia do Rio de Janeiro”.
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