A homenagem é um ato generoso de reconhecimento. A deferência às trajetórias de Benedito Calheiros Bomfim e Candido de Oliveira Bisneto, à luta pela democracia travada pelos diretores do Caco que tiveram os seus mandatos cassados pelo regime militar nos anos 1964 e 1965 e à inestimável contribuição do Jornal do Commercio ao desenvolvimento político e econômico do país é inquestionavelmente justa.
A generosidade de quem homenageia pode ser manifestada em momentos diversos. Em memória, conforme se viu na inesquecível sessão solene dedicada ao "advogado dos trabalhadores". Em vida, como na entrega da Medalha Montezuma a Candinho. Tardia, como na comovente devolução simbólica dos mandatos aos ex-diretores do Caco. E no momento da despedida, consoante a coluna do IAB publicada na última edição do periódico fundado em 1827, expressando a dor do adeus e a gratidão ao veículo em cujas páginas a Casa de Montezuma sempre esteve presente.
Toda forma de homenagem vale a pena. Não somente por ser um gesto nobre de reconhecimento à vida e aos feitos daqueles que a mereceram. Mas para que sirva de exemplo às pessoas e às instituições de que a grandeza humana reside na ética, no respeito ao outro e no compromisso com a justiça.
A transformação do Brasil num país melhor exige um olhar sensível para o legado pessoal, profissional, político e institucional construído por Calheiros Bomfim, Candinho, Jornal do Commercio e os que, em defesa do estado democrático de direito, enfrentaram as trevas da ditadura.
Técio Lins e Silva
OS MEMBROS DO IAB ATUAM EM DEFESA DO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO. FILIE-SE!