O parecer citado pela presidente do IAB propõe a responsabilização dos autores das violações de direitos humanos, a reparação financeira às vítimas e a prevenção à recorrência dos crimes. O webinar foi aberto por Humberto Adami, que também é presidente da Comissão da Igualdade Racial do IAB e da Comissão Estadual da Verdade sobre a Escravidão Negra da OAB/RJ. “Hoje é um dia histórico em que a OAB e o IAB perguntam para o Brasil quando haverá a reparação da escravidão negra no País”, disse Humberto Adami.
O parecer do IAB foi relatado por Humberto Adami e subscrito pelos membros da Comissão de Igualdade Racial. Aprovado por aclamação pelo plenário do Instituto na sessão ordinária virtual realizada no dia 9 de setembro de 2020, o documento estabeleceu os aspectos jurídicos que amparam a reparação da escravidão. A medida é considerada fundamental para eliminar as situações de desigualdade e discriminação racial ainda presentes na sociedade brasileira.
A presidente nacional do IAB disse que o documento já foi distribuído a centenas de órgãos públicos. “O parecer do IAB é um instrumento fundamental para lidar com a desigualdade, que exige o resgate da verdade histórica, como também a aplicação da justiça de transição para a consolidação da democracia”, destacou Rita Cortez. De acordo com a advogada trabalhista, a causa implica a adoção de várias medidas: “É preciso indenizar as vítimas e, ao mesmo tempo, prevenir a ocorrência de outros crimes e resgatar a memória dos fatos”.
Também compuseram a mesa virtual de abertura os ex-presidentes da OAB Nacional Cezar Britto e Ophir Cavalcante Júnior; a presidente da Comissão Nacional de Promoção da Igualdade Racial, Silvia Cerqueira; o reitor da Universidade Zumbi dos Palmares, José Vicente, e a presidente da Comissão Estadual da Verdade sobre a Escravidão Negra da OAB/SP, Diva Goncalves Zitto Miguel de Oliveira.
No webinar também foram tratados temas como Pedidos de reparação e Visões sobre processos de reparação e restauração, suas diferenças, implicações, analisando o processo de justiça de transição.
OS MEMBROS DO IAB ATUAM EM DEFESA DO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO. FILIE-SE!