"Nós, advogadas, devemos muito do que temos hoje ao trabalho desenvolvido por lideranças como Sulamita Cabral, que ocuparam os espaços políticos, sempre buscando promover oportunidades para todas as mulheres”, complementou a presidente. A homenageada agradeceu pelas “gentis palavras” de Rita Cortez e, a respeito da deferência da Faculdade de Direito da UFRGS, disse: “Dedico esta homenagem a muitas pessoas, mas principalmente à minha família, aos meus ex-alunos e às mulheres que contribuíram para o engrandecimento da civilização”. A diretora da Faculdade de Direito da UFRGS, Cláudia Lima Marques, primeira mulher a ocupar o cargo, conduziu a homenagem e ressaltou “o pioneirismo de Sulamita Cabral em várias frentes”. A homenageada foi a primeira mulher a presidir o Instituto dos Advogados do Rio Grande do Sul (IARGS), onde cumpre o seu quinto mandato, sendo o quarto consecutivo.
Rita Cortez destacou também a importância do trabalho desenvolvido pelas entidades representativas da advocacia: “Os institutos estaduais, junto com o IAB, contam a história do Brasil, do Direito e da advocacia brasileira”. Além disso, a presidente manifestou “o total repúdio do IAB às falas do deputado estadual Arthur do Val, de absoluto desrespeito às mulheres ucranianas”. A advogada comentou ainda o apoio do Instituto à decisão da OAB/SP de ingressar com uma representação contra o parlamentar do Podemos na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp).
Também participaram virtualmente da abertura a vice-diretora da Faculdade de Direito da UFRGS, Ana Paula Motta Costa; o ex-presidente da OAB Nacional Claudio Lamachia; a conselheira federal Cléa Carpi da Rocha, única mulher que já presidiu a OAB/RS; a presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Renata Gil, e a vice-presidente do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFam), Maria Berenice Dias, desembargadora aposentada do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul (TJRS).
A primeira palestra foi ministrada pela professora do Instituto de Física da UFRGS Márcia Barbosa, que falou sobre Mulheres na academia: resiliência para além da pandemia. No evento, que se estenderá até sexta-feira (11/3), também serão debatidos A interseccionalidade das mulheres na academia; O exercício do direito à saúde no sistema prisional em tempos de pandemia; Literatura, gênero e direito ou direitos; A experiência feminina na academia durante a pandemia e Violência contra as mulheres e relações de trabalho, entre outros.