De acordo com o presidente da Sobratt, Luiz Otávio Camargo Pinto, que é membro efetivo do IAB, “a pesquisa vai refletir esse momento histórico que o mundo está passando, infelizmente, por conta de uma pandemia, que, sem dúvida alguma, está sendo um divisor de águas e incluindo a modalidade teletrabalho no mundo trabalho”. A presidente nacional do IAB, Rita Cortez, também falou sobre a importância da iniciativa: “A pesquisa, que será feita com o apoio do IAB, ajudará a identificar os problemas enfrentados pelas empresas e a apontar soluções, bem como servirá para aperfeiçoar este tipo de trabalho no futuro”. Segundo ela, “a possibilidade do desenvolvimento das atividades das empresas, através do teletrabalho, já era uma previsão estabelecida na lei da reforma trabalhista”.
Para a presidente do IAB, o trabalho a distância terá que se adequar à nova realidade criada pela Covid-19. “O teletrabalho tornou-se praticamente uma imposição decorrente do isolamento sanitário e das precauções necessárias para evitar a propagação do coronavirus”, disse. De acordo com a advogada trabalhista, a implementação do home office não gerou apenas benefícios. “Não houve apenas ganhos, mas também o surgimento de novos problemas, que devem ser apontados e enfrentados”, opinou Rita Cortez, que acrescentou: “Não é por acaso que já consideram o teletrabalho como o novo normal da pós-pandemia”.
De acordo com as três pesquisas anteriores realizadas pela Sobratt e a SAP Consultoria, o home office vem crescendo. Das empresas entrevistadas em 2014, 36% tinham prestadores de serviços em regime de teletrabalho. Nas pesquisas feitas em 2016 e 2018 foram constatados aumentos para 37% e 45%, respectivamente. Com os resultados da pesquisa de 2020, a Sobratt pretende dar publicidade às práticas existentes e ao impacto do trabalho a distância na produtividade e na qualidade de vida dos teletrabalhadores, além de torna-los referência para estudos acadêmicos.
Práticas salariais – A pesquisa está em fase de preparação, iniciada em maio e que se estenderá até o final de julho. Em agosto, serão enviados os questionários a empresas públicas e privadas dos mais variados portes. Em setembro, vão ser analisadas e tabuladas as informações fornecidas. Os resultados da pesquisa serão divulgados em outubro. A Sobratt quer saber o número total de teletrabalhadores, conhecer as práticas salariais e as diferenças de gestão entre eles e os demais empregados, como também identificar as áreas em que há uma presença maior do trabalho remoto.
A entidade quer obter também informações sobre as novas tecnologias utilizadas e ter o perfil das empresas que adotam o teletrabalho, por meio de dados como porte, segmento e origem do capital. As respostas ao questionário permitirão, ainda, mapear as despesas com os teletrabalhadores, identificar quantas vezes por semana o serviço a distância é prestado e conhecer os seus locais de trabalho, tais como residência e coworking – ambiente de trabalho compartilhado por várias empresas e profissionais autônomos.
OS MEMBROS DO IAB ATUAM EM DEFESA DO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO. FILIE-SE!