A celebração da data tem por princípio o incentivo à eliminação de toda e qualquer barreira que as pessoas enfrentem, por motivos de gênero, sexualidade, raça, origem étnica, religião, cultura ou deficiência. De acordo com Sanches, o caminho para a equidade social “passa pelo fortalecimento das democracias, que devem ser instadas a promover o bem-estar e ter a justiça social como norte de suas políticas públicas”.
No Brasil, o debate sobre o tema encontra um cenário de grande desigualdade social: com uma alta concentração de riquezas, 1% da população detém 28,3% da renda total do País. Em 2022, cerca de 70 milhões de brasileiros tiveram dificuldade para garantir todas as refeições diárias e outras 21 milhões de pessoas passaram fome, segundo aponta o relatório O estado de segurança alimentar e nutrição do mundo, publicado no último ano pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).
Para fomentar o debate sobre a luta contra as desigualdades, a data foi criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em novembro de 2007 e comemorada pela primeira vez em 2009. Segundo a instituição, a celebração propõe a reflexão sobre os caminhos para se enfrentar a pobreza, as discriminações, o desemprego e toda e qualquer outra forma de exclusão social.