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Sexta, 29 Junho 2018 16:36
Paulo Lins e Silva critica em debate na ONU a separação dos filhos de imigrantes detidos nos EUA
“É inadmissível que o Estado puna crianças inocentes, separando-as dos seus pais, que nem sequer cometeram um crime, mas apenas imigraram para outro país, em busca de uma vida melhor para as suas famílias.” A afirmação foi feita nesta quinta-feira (28/6), em Nova York (EUA), na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), pelo diretor do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB) Paulo Lins e Silva, que ocupa o cargo de Representante do IAB nas Entidades Internacionais. Advogado de família e ex-presidente da União Internacional dos Advogados (UIA), Paulo Lins e Silva participou da reunião entre a Diretoria da UIA e membros do Departamento de Direitos Humanos da ONU, na qual foram discutidos os problemas enfrentados pelos imigrantes nos EUA e na Europa.
No debate, Paulo Lins e Silva afirmou ainda que “separar incapazes dos seus pais é um ato de extrema violência, típico de regimes de exceção”. Durante a sessão plenária do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (CFOAB), na última terça-feira (26/6), em Brasília, a presidente nacional do IAB, Rita Cortez, manifestou-se favorável ao requerimento aprovado pelos conselheiros . A OAB nacional requer ao Ministério das Relações Exteriores e à Advocacia-Geral da União que garantam os direitos de cerca de 50 crianças brasileiras separadas dos pais, hoje sob custódia do governo norte-americano, em decorrência da política de “tolerância zero” aos imigrantes ilegais.
Do encontro em Nova York, participaram os presidentes de entidades representativas da advocacia em 110 países, entre os quais o presidente do CFOAB, Claudio Lamachia. Além do presidente da UIA, o advogado português e membro honorário do IAB Pedro Pais de Almeida, também esteve presente o próximo presidente da entidade, o ex-presidente da Ordem dos Advogados de Burkina Faso Issouf Baahadiou. O advogado africano será o primeiro negro a presidir a entidade dos advogados de maior prestígio no mundo.
Claudio Lamachia e Paulo Lins e Silva