Anjos da guarda – Lucas Caminha destacou a importância de que os investimentos nas startups sejam crescentes. “Inovações tecnológicas exigem investimentos que, de início, podem se limitar a recursos próprios, familiares, mas depois é preciso buscar os chamados investidores externos para que as startups possam continuar crescendo e até mesmo virem a ser abraçadas por empresas maiores”, opinou. O advogado, que é mestre em Direito Empresarial pela Uerj, chamou os investidores externos de “anjos da guarda”. De acordo com ele, “são investidores privados que têm um patrimônio considerável e contribuem para o desenvolvimento das startups, pois, a partir de certo ponto, se não receberem mais recursos, elas morrem”.

Sydney Sanches, que preside a Comissão Nacional de Direitos Autorais do Conselho Federal da OAB (CFOAB), comentou a expectativa do mercado em relação aos futuros efeitos do Marco Legal das Startups: “A nova legislação deverá proporcionar maior segurança no ambiente da propriedade intelectual, em que carteiras de investimentos voltadas para a economia criativa recorrem às grandes plataformas digitais, que disponibilizam o acesso as obras artísticas, para garantir o desenvolvimento das suas atividades”.
Raquel Rangel também se mostrou confiante nas mudanças a serem propiciadas pela nova legislação: “Empreender no Brasil sempre foi muito difícil, principalmente por conta do sistema tributário e da intrincada burocracia, razão pela qual a Lei Complementar 182/2021 é bem-vinda por trazer um rol de instrumentos que deverão facilitar e estimular o desenvolvimento das startups”, disse a advogada.
Entre as novidades da nova legislação está a criação de um ambiente regulatório experimental, com regime diferenciado para permitir que startups lancem produtos com menos burocracia. Além disso, agências reguladoras, como a Anvisa ou a Anatel, poderão suspender temporariamente para as startups determinadas normas exigidas das empresas que atuam no setor.
No encerramento do evento, Marcia Dinis elogiou a qualidade das palestras e do livro – um exemplar foi sorteado entre os participantes do webinar – e ressaltou que o tema da obra é um assunto de interesse de toda a advocacia. “O crescimento das startups e o fenômeno das bigtechs, como são chamadas as grandes empresas de tecnologia que dominaram o mercado nos últimos anos, como o Google e o Facebook, devem ser compreendidos não somente pelos profissionais que atuam no segmento do Direito Digital, mas por todos, já que a visão empresarial se torna cada vez mais importante para o nosso exercício profissional”, afirmou.