Carlota Pereira de Queirós nasceu em São Paulo, em 1892. Formou-se pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), em 1926, ocasião em que, por sua tese intitulada Estudos sobre o câncer, recebeu o Prêmio Miguel Couto. Durante a Revolução Constitucionalista, movimento ocorrido em São Paulo em 1932, de contestação à Revolução de 1930, Carlota Pereira de Queirós organizou a frente de mais de 700 mulheres que prestaram assistência aos feridos no conflito. Em 1933, ela foi eleita deputada federal e participou da Assembleia Nacional Constituinte de 1934, integrando a Comissão de Saúde e Educação, onde atuou em prol da alfabetização e da assistência social. Em 1950, fundou a Academia Brasileira de Mulheres Médicas.
A data de 8 de março foi instituída como o Dia Internacional da Mulher, em 1975, pela Organização das Nações Unidas (ONU). Há uma grande controvérsia, até hoje não pacificada, em relação ao episódio histórico que teria levado à escolha da data comemorativa. Alguns creditam à iniciativa da ativista Clara Zetkin, membro do Partido Comunista alemão. Em 1910, ao participar do II Congresso Internacional de Mulheres Socialistas, ela propôs a criação do Dia Internacional da Mulher, sem, contudo, definir uma data para a efeméride.
Outros defendem que a data está ligada ao incêndio ocorrido em março de 1911 na fábrica têxtil Triangle Shirtwaist Company, em Nova York. Morreram 125 operárias que trabalhavam 14 horas por dia e seis dias na semana. O fato impulsionou ainda mais o movimento trabalhista que crescia nos EUA e na Europa. Há ainda quem atribua a escolha da data a uma grande greve de trabalhadoras do setor de tecelagem, na Rússia, no dia 8 de março de 1917. O movimento teria, inclusive, impulsionado a Revolução Russa, que derrubou a monarquia no país naquele ano.