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Quarta, 22 Junho 2016 19:10
Mudanças no Estatuto das Cidades podem incentivar construções sustentáveis
O Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB) é a favor de modificações no Estatuto da Cidade (Lei 10.257/2001) para incentivar práticas de construção sustentável que contribuam para a proteção dos recursos naturais, especialmente os hídricos. A posição do IAB foi firmada na sessão ordinária desta quarta-feira (22/6) com a aprovação do parecer da relatora Leila Pose Sanches, da Comissão de Direito Ambiental. Ela acolheu o substitutivo ao projeto de lei 252/2014 elaborado pela Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle do Senado. A relatora defendeu a alteração no Estatuto da Cidade, desde que as inovações sejam estendidas às novas edificações públicas e privadas, já que proposta parlamentar se restringe aos novos imóveis da União.
O substitutivo propõe que as práticas de construção sustentável sejam adotadas apenas nas novas edificações de propriedade da União, como forma de evitar custos excessivos. "Contudo, o dispositivo, ao criar uma exceção para beneficiar a União, causa certa confusão sobre a aplicação da regra", registrou a relatora em seu parecer. De acordo com ela, "se no caso da União a regra se aplica apenas às novas edificações, o mesmo deve ocorrer para as demais edificações públicas e privadas".
Telhados verdes - O substitutivo ao PLS 252/2014 define o conceito de práticas de construção sustentável. De acordo com o texto, são aquelas adotadas com o objetivo de obter uma edificação de menor impacto ambiental, melhor conforto térmico e que propicie redução no consumo de água e melhore a qualidade de vida dos seus moradores e usuários. Ainda segundo o substitutivo, para alcançar essas metas são necessárias medidas como implantação de telhados verdes e sistemas de reutilização de água e de aproveitamento de energia solar e águas pluviais.
Leila Pose Sanches destacou a importância dos telhados verdes. "O uso de vegetação no teto de edificações é uma excelente opção para a reflexão do calor, reduzindo o calor no interior dos edifícios e, consequentemente, diminuindo os gastos de energia com resfriamento", consignou.
Ainda de acordo com a advogada, há exemplos no Brasil e no mundo que comprovam as contribuições positivas proporcionadas pelo planejamento e pela implantação de práticas sustentáveis nas construções, sejam por iniciativa pública ou privada. "Os benefícios são de natureza ambiental, urbanística e econômica", concluiu.