Quarta, 15 Maio 2024 21:40
Estudantes de Direito da Universidade Estácio de Sá visitam o Instituto dos Advogados
Leila Pose recebe alunos de Direito no plenário do IAB
Os lugares do plenário histórico do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB), que são usualmente ocupados por juristas, foram preenchidos, nesta quarta-feira (15/5), por estudantes de Direito que puderam conhecer a história da instituição jurídica mais antiga das Américas. Os alunos, que cursam o bacharelado na Universidade Estácio de Sá de Campos dos Goytacazes (RJ), foram recebidos pela diretora Cultural e da Escola Superior da entidade (ESIAB), Leila Pose, para uma visita pela Casa de Montezuma.
Além do plenário, os estudantes passaram pela Biblioteca Daniel Aarão Reis, cujo acervo conta com diversas obras raras e históricas do campo do Direito, sendo a mais antiga datada de 1600. Eles, que foram levados ao IAB pela coordenadora do Núcleo de Práticas Jurídicas da Estácio, Ana Luiza Vieira de Vasconcellos, também puderam ouvir sobre o trabalho da entidade na defesa da democracia e sua importância para a fundação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Alunos de Direito da Estácio de Sá na biblioteca do IAB
Pose explicou aos visitantes que o IAB, fundado em 1843, contribuiu para a formação do Estado brasileiro e trabalhou na redação de leis nacionais e da primeira Constituição republicana, em 1891. A advogada destacou que, além de atuar pela formação do pensamento jurídico nacional, o Instituto organizou os advogados como entidade de classe criando, em 1930, a OAB.
Depois da criação da Ordem, disse Pose, a Casa de Montezuma voltou seu trabalho para o aprimoramento jurídico, colaborando com os Poderes da República através da formulação de posicionamentos jurídicos. “Costumamos dizer que temos assento no Legislativo e possuímos mais de 40 comissões temáticas que discutem praticamente todos os assuntos do Direito. A nossa preocupação é estar atentos às mudanças legislativas e contribuir para o aprimoramento das leis”, explicou a diretora.
Leila Pose
Leila Pose também destacou que a entidade promove cotidianamente eventos abertos ao público para contribuir com debates relevantes sobre o Direito e recebe de seus membros indicações para analisar questões que têm impacto na vida da população. “Temos uma atuação ativa na defesa do Estado Democrático de Direito e isso para nós é primordial, já que é nossa obrigação como advogados e faz parte do nosso juramento”, afirmou.
A advogada relatou aos estudantes que o Instituto tem se comprometido cada vez mais com o combate às desigualdades de raça, gênero e classe. A primeira presidente mulher da entidade, lembrou ela, foi eleita em 2006, quando poucas seccionais da Ordem contavam com lideranças femininas. “Nós temos uma atuação muito forte nesse sentido porque há uma grande vontade de mudar esse quadro de desigualdade de gênero. Há pelo menos três gestões estamos alcançando um equilíbrio no número de homens e mulheres que ocupam cargos de direção”, completou Pose.