Os debates foram mediados pelo membro da comissão Luis Fernando Priolli. Também fizeram palestras o diretor de Estudos Econômico-Energéticos e Ambientais da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Giovani Vitória Machado, e a advogada Carla Pirahy, que atua em Portugal na área de Direito de Energia. De acordo com Rita Cortez, “o tema é muito complexo, mas foi muito bem abordado pelos palestrantes, que conseguiram manter elevada a audiência até o fim do evento no canal do IAB”.
Ricardo Gorini de Oliveira falou sobre o trabalho desenvolvido pela Irena, cuja missão é auxiliar os países na transição para uma matriz energética sustentável: “A agência tem prestado apoio técnico aos 161 países que a integram, incentivando a produção de energias renováveis, com o objetivo de reduzir o consumo de combustíveis fósseis, como o petróleo, e, consequentemente, amenizar as mudanças climáticas que têm afetado o planeta”.
Ele falou sobre a projeção feita pela Irena para os próximos 30 anos: “Até 2050, a energia solar e a energia eólica deverão responder por quase 60% da eletricidade mundial”. Bernardo Gicquel, que também é diretor executivo de Tecnologia e Inovação do IAB, comentou que “a transição energética é uma realidade que a pandemia não afetou”.
Abundância – Giovani Vitória Machado também opinou a respeito do potencial brasileiro no comércio internacional de energia renovável. “A abundância e a diversidade de recursos energéticos, tanto fósseis como renováveis, superam largamente a demanda interna de consumo, o que permite ampla exportação de energia, como o hidrogênio”, disse o diretor da EPE, vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME).
Ele informou que o MME, ao elaborar o Relatório do Plano Nacional de Energia 2050, submetido à consulta pública a partir de julho deste ano, definiu um planejamento para a ampliação da produção de energia renovável nas próximas décadas. “Promover o melhor uso dos recursos energéticos é o grande objetivo”, disse.
Carla Pirahy falou sobre o cenário atual da produção de energia renovável na Europa: “A redução das atividades econômicas em decorrência da pandemia gerou uma retração do preço dos combustíveis fósseis, como o petróleo, e também alertou a Europa para a possibilidade de que isso influa no desenvolvimento das energias renováveis”.
A advogada, que é master in law (LLM) em Direito Empresarial pela FGV-Rio, informou que, no entanto, “acabou ocorrendo uma queda no consumo de petróleo, carvão e gás natural, e um ligeiro aumento no de energia renovável”. O tratamento dispensado pela União Europeia (UE) para intensificar, após a pandemia, a produção de energia limpa também foi tema da palestra.
“A União Europeia continua buscando condições para que os países do bloco tenham um plano sólido de recuperação das suas economias e, também, de desburocratização dos investimentos em energia renovável”, disse a advogada, que acrescentou: “Portugal tomou várias medidas para socorrer a economia do País”.
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