A Lei 12.987/14, que instituiu a comemoração no País, tem o objetivo de visibilizar o papel da mulher negra na história nacional. A valorização da figura feminina é também a finalidade do Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha, que nasceu no 1º Encontro de Mulheres Negras, Latino-Americanas e Caribenhas, promovido em Santo Domingo, na República Dominicana. As datas surgiram como forma de lembrar e denunciar o racismo e o machismo que oprimem o grupo. Além do símbolo de resistência, as comemorações também visam à união feminina em prol do combate às discriminações e desigualdades.
As mulheres negras são as mais vulnerabilizadas no Brasil, onde são as maiores vítimas de feminicídio. Elas formam 62% dos alvos da violência de gênero fatal, de acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2021. As famílias chefiadas por mulheres também têm, em sua maioria, uma mulher negra como provedora – são seis a cada 10 lares no País. A insegurança alimentar atinge essas casas com mais força, já que 63% delas vivem abaixo da linha da pobreza, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).