erca de 20 mil manifestantes reuniram-se em Sharpeville, um bairro negro, e marcharam calmamente. A polícia sul-africana conteve o protesto com rajadas de metralhadora, matando 69 pessoas e ferindo outras 180. Após esse dia, a opinião pública mundial focou sua atenção pela primeira vez na questão do apartheid. No dia 21 de novembro de 1969, a ONU definiu que a data marcaria o Dia Internacional Contra a Discriminação Racial, que continua a ser lembrado mesmo após o fim do apartheid.
Combate à discriminação racial exige vigilância permanente, afirma presidente do IAB
Na data que marca o Massacre de Sharpeville – 21 de março – e que foi escolhida pela Organização das Nações Unidas (ONU) para celebrar o Dia Internacional Contra a Discriminação Racial, o presidente nacional do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB), Sydney Sanches, destacou “a importância em repudiar todas as faces perversas do preconceito, que tenha por propósito a exclusão em razão de cor, raça ou origem étnica”.
Segundo Sydney Sanches, “as constantes notícias envolvendo ações racistas em todo o mundo nos mostram que a batalha contra a discriminação racial exige vigilância permanente”. No dia 21 de março de 1960, no bairro de Sharpeville, na cidade de Johanesburgo (África do Sul), ocorreu um protesto pacífico organizado pelo Congresso Pan-Africano (PAC) contra a Lei do Passe, que obrigava os negros a usar uma caderneta na qual estavam escritos os lugares onde eles podiam ir.