A diretora da Esiab, Leila Pose Sanches, que abriu a primeira aula, reafirmou a importância da base acadêmica para o desenvolvimento do advogado. “Houve um tempo em que se achava que só a prática do trabalho talhava o profissional, mas cada vez mais vemos que isso não procede. É muito importante termos um conteúdo acadêmico firme e consistente e é a essa linha que os nossos cursos se dedicam”, disse a advogada. O curso terá 28 horas/aula e acontecerá todas às terças e quintas das 19h às 21h. O investimento no módulo é de R$ 949,00, valor que pode ser parcelado em até três vezes no cartão de crédito. Associados do Instituto e ex-alunos da Esiab têm 15% de desconto.
Na abertura do curso, os coordenadores acadêmicos Ilan Leibel Swartzman e Lívia Bernardo de Castro Neves e o diretor acadêmico Vitor Sardas deram boas-vindas aos novos alunos. O módulo foi construído, segundo Swartzman, “para que todos tenham a melhor possibilidade de se desenvolver e capacitar no setor de Energia”. Vitor Sardas comemorou o sucesso do módulo, que conta com professores de excelência e uma boa procura de alunos. “Sem dúvida, a maior recompensa do estudo é interrogar e é isso que objetivamos proporcionar aos alunos do curso: a compreensão reflexiva do cenário atual do setor da energia elétrica e a preparação para o futuro que se apresenta”, disse o diretor acadêmico. O presidente da Comissão de Energia e Transição Energética, Bernardo Gicquel, contou que o curso nasceu dentro do grupo, que se dedica a ampliar estudos sobre o tema: “Discutir energia hoje, no Brasil, é discutir o futuro. O sucesso que o País vai ter nos próximos anos, inclusive internacional, depende muito da nossa compreensão e da nossa utilização da energia”.
Na primeira aula, que foi ministrada pelo professor Wagner Ferreira, os alunos tiveram um panorama geral do setor. “Nós temos a matriz elétrica em plena transição. Embora tenhamos uma matriz predominantemente renovável, as próprias fontes renováveis, em razão da tecnologia e de vários componentes, estão alterando a forma como o sistema trabalha”, disse o docente. A transição, segundo Ferreira, tem desafios diferentes no Brasil, já que a matriz nacional é avançada e se difere de qualquer outro país do mundo. “Precisamos entender que os aspectos sociais, ambientais, econômicos e corporativos precisam ser equilibrados dentro de uma ótica que interesse ao coletivo”, explicou o professor, que destacou que o Estado precisa assegurar o alcance do serviço a todos os brasileiros.
De acordo com Wagner Ferreira, é possível observar o crescimento das energias eólica e solar na nossa base energética. “Nossa matriz elétrica hoje está com 216.482 MW de produção. Já nossa fonte hídrica, que era algo em torno de 85% de produção, hoje já está em 51%. Só a fotovoltaica que era 1%, está em 14,8%. A eólica está mantendo um crescimento regular de 12%. O gás natural está em 8%, com potencial de crescimento em função de todas as políticas em torno dele”, contou.
A ex-presidente da Petrobras, Graça Foster, que participou da aula, comentou que o sistema de Energia do Brasil está cada vez mais complexo. “As múltiplas fontes estão achando espaço econômico para existirem. Estou impressionada com a matriz hídrica, que realmente está menor, mas tem uma restrição ambiental muito grande que não deixa essa matriz elétrica-hídrica crescer muito”, disse a engenheira química. Na visão dela, as hidrelétricas são a solução energética menos custosa para o País: “Se tivéssemos mais espaço para poder dialogar com a área ambiental e fazer crescer essa parte hídrica seria tudo de bom, porque é mais simples”.
Corpo docente – O curso, que terá a próxima aula nesta quinta-feira (27/7), também será ministrado pelos professores Alice Khouri, Bruno Gandolfo Damico, Fabiano Brito, Frederico Accon, Guilherme Baggio, Luiz Felipe Falcone, Maria João C. P. Rolim, Maria Madalena Porangaba, Mariane Medeiros, Raphael Gomes e Solange David, com coordenação acadêmica de Ilan Leibel Swartzman e Lívia Bernardo de Castro Neves.