Segundo Sydney Sanches, lembrar Montezuma “significa enaltecer os nossos compromissos com a construção do País e sua organização jurídica”. Celebrar essa data, acrescentou, “é prova da nossa vitalidade histórica, especialmente neste ano, em que completamos 180 anos”. Nascido Francisco Gomes Brandão, por ocasião da proclamação da Independência do Brasil, ele incorporou ao nome de batismo elementos que formavam a Nação brasileira, além de homenagear o imperador asteca Montezuma.
Filho de um comerciante português com boa situação financeira, Montezuma formou-se em Direito pela Universidade de Coimbra e regressou à Bahia em 1821, mas poucos anos depois se mudou para o Rio de Janeiro e se elegeu deputado constituinte. Foi perseguido por D. Pedro I, exilou-se na Europa e só retornou ao Brasil em 1831, tornando-se um dos primeiros deputados da história brasileira a lutar contra o tráfico negreiro e um dos pioneiros do movimento abolicionista.
Além de deputado, o fundador e primeiro presidente do IAB foi ministro da Justiça, ministro dos Negócios Estrangeiros e senador. Exerceu a presidência do Instituto de 1843 a 1850, quando renunciou ao cargo por considerá-lo incompatível com o posto de conselheiro de Estado. Manteve-se como presidente de honra do IAB e nunca deixou de lutar pela criação da Ordem dos Advogados do Brasil. Morreu em 15 de fevereiro de 1870, aos 75 anos.