Eduardo Seabra Fagundes nasceu em uma família de juristas.
Seu pai, Miguel Seabra Fagundes, foi desembargador no Rio Grande do Norte até abandonar a magistratura e decidir exercer a advocacia no Rio de Janeiro, em 1950, com a família.
Seguindo os seus passos, Eduardo se formou na Faculdade Nacional de Direito, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e, entre 1976 e 1978, esteve à frente do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB).
Depois, entre 1983 e 1986, foi procurador- geral do estado do Rio de Janeiro, durante o governo de Leonel Brizola.
Seabra Fagundes ficou marcado por sua posição crítica à ditadura militar no período em que ficou à frente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), entre 1979 e1981.
Em 27 de agosto de 1980, vivenciou um dos mo- mentos mais dramáticos da história da instituição, quando uma carta-bomba endereçada a ele resultou na morte de sua secretária, Lyda Monteiro, de 59 anos, que abriu a carta com os explosivos.Na época, a OAB denunciava desaparecimentos e torturas de presos
Eduardo Seabra Fagundes morreu ontem, aos 83 anos, no Rio. Ele deixa duas filhas, a médica Simone Seabra Fa- gundes e a psicóloga Sandra Seabra Fagundes, e a esposa Marta Ayres da Cruz Athayde.O velório acontecerá hoje, entre 8h e 11h, no Memorial do Carmo, no Caju.