O Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB) esteve presente, por meio da participação da representante da entidade em São Paulo, Luciana Barcellos Slosbergas, no XII Ato do Dia Internacional da Democracia, realizado nesta segunda-feira (15/9), no teatro da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). “Estar presente em um evento dessa magnitude é reafirmar o compromisso histórico do IAB com a defesa do Estado Democrático de Direito, da pluralidade de ideias e do respeito aos direitos humanos”, afirmou a advogada.
Organizado pelo grupo Direitos Já! – Em Defesa da Democracia e da Soberania Nacional, o ato teve a participação de lideranças políticas de diferentes partidos, representantes da sociedade civil, artistas, intelectuais, juristas e líderes religiosos. Segundo Luciana Slosbergas, a presença da Casa de Montezuma nesse espaço de diálogo “é fundamental para lembrar que a democracia não se sustenta sozinha: ela exige vigilância, engajamento e ação coletiva”.
Luciana Barcellos Slosbergas e Fernando Guimarães Rodrigues
O idealizador e coordenador-geral do movimento, Fernando Guimarães Rodrigues, leu um manifesto em defesa da democracia, da soberania nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF), contra a ingerência dos Estados Unidos no Brasil e a anistia daqueles que atacaram o regime democrático no País.
O manifesto propôs às forças democráticas do País uma grande mobilização em defesa da liberdade, dos direitos fundamentais e da soberania nacional. “Que a celebração do Dia Internacional da Democracia seja um marco da mobilização necessária para garantirmos a sobrevivência da liberdade, dos direitos fundamentais e da nossa soberania nacional, que deriva da vontade popular e está definida na Constituição Federal”, diz o texto.
De acordo com o manifesto, a pressão antidemocrática do governo norte-americano contra o Brasil resultou de articulações da família Bolsonaro e de parlamentares aliados, que estimularam a intervenção na política brasileira.
O ministro do STF Gilmar Mendes destacou o momento difícil pelo qual passa a democracia brasileira. Ele ressalvou, no entanto, que as instituições do País têm conseguido resistir aos ataques. “Raramente, nós vivemos um momento tão difícil nesses 40 anos de democracia, 37 anos da Constituição de 1988. Mas as instituições têm sabido ser resilientes e é fundamental o apoio da sociedade civil ao Supremo e a todas as instituições nacionais”, disse Gilmar Mendes, que esteve presente no início do evento e deixou a mensagem gravada.
Último a discursar no ato, o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, classificou como traidores os autores da tentativa de golpe e elogiou a Justiça por tê-los condenado à cadeia. “Não pode haver delito maior para um político do que tramar contra a democracia brasileira. Então, fez muito bem o Poder Judiciário”, enfatizou.
(Com informações da Agência Brasil.)