Gestão Rita Cortez

2025/2028

Deborah Prates afirma na Emerj que as mulheres com deficiência vivem num ‘subterrâneo social’

“As mulheres com deficiência sofrem uma opressão potencializada, porque, além das diferenças entre os gêneros que nos colocam numa situação de subalternidade, a deficiência nos põe num subterrâneo social”, afirmou a presidente da Comissão da Mulher do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB), Deborah Prates, nesta segunda-feira (23/9), na Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (Emerj). Deborah Prates integrou a mesa de abertura do evento sobre Mulheres com deficiências: elas têm voz!, promovido pelo Fórum Permanente de Direitos Humanos da Emerj, presidido pelo desembargador do TJRJ Caetano Ernesto da Fonseca Costa, e o Fórum Permanente da Violência Doméstica, Familiar e de Gênero, sob a presidência da juíza Adriana Ramos de Mello. 


Na abertura do evento, realizado com o apoio do IAB e do Núcleo de Pesquisa em Gênero, Raça e Etnia (Nupegre) da Emerj, Deborah Prates falou também sobre a importância do debate no atual momento do País. “Hoje, o Brasil vive grandes retrocessos nos poderes Executivo e Legislativo, o que exigirá o uso da judicialização para enfrentá-los”, afirmou a advogada. Segundo a presidente da Comissão da Mulher do IAB, “é fundamental a discussão sobre o fenômeno da invisibilidade social que atinge a nós, mulheres com deficiência, em debates que reúnam advogados, magistrados e membros do Ministério Público, para que todos ouçam as nossas vozes e fiquem sensíveis às nossas causas”.

Um dos pontos debatidos foi o acréscimo feito no art. 12 da Lei nº 11.340/ 2006, editada para criar mecanismos que coíbam a violência doméstica e familiar contra a mulher. Conforme o dispositivo alterado, a autoridade policial tem que informar no registro de ocorrência se a vítima é mulher com deficiência ou se da violência sofrida resultou deficiência ou agravamento de deficiência preexistente.

Também participaram da mesa de abertura a vice-presidente do Instituto dos Magistrados do Brasil (IMB), desembargadora Regina Lúcia Passos; a presidente da Comissão Permanente de Acessibilidade e Inclusão (Comai) do TJRJ, desembargadora Daniela Brandão Fernandes; e a vice-presidente do Fórum Permanente de Direitos Humanos, professora Lívia de Meira Lima Paiva.

 

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