O Prêmio Amaerj Patrícia Acioli, na visão do presidente da Comissão de Direitos Humanos do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB), Paulo Fernando de Castro, carrega, em cada sílaba, o peso de uma história de coragem, de luta e de comprometimento com a justiça. O advogado participou da 14ª edição da premiação, promovida pela Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro (Amaerj), que aconteceu nesta segunda-feira (22/9).
Criado em 2012, o Prêmio homenageia a memória da juíza Patrícia Acioli, morta por policiais militares em 2011, quando era titular da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo. A premiação tem o objetivo de identificar, disseminar e estimular as ações em defesa dos direitos humanos, dando visibilidade a práticas e trabalhos na área.
“A memória da juíza Patrícia Acioli não apenas ecoa nos corredores do Judiciário fluminense, mas ressoa em todos os espaços onde a vida humana é defendida, onde a legalidade prevalece e onde a verdade não se cala diante da violência. A juíza foi, e continua sendo, um símbolo de coragem institucional e de integridade moral. Tiraram sua vida, mas não silenciaram seu legado”, ressaltou Paulo Fernando de Castro.
O associado do IAB parabenizou os contemplados com a premiação e desejou que o prêmio continue a ser, ano após ano, um espaço de memória, de denúncia e, sobretudo, de esperança: “Em um tempo em que o respeito à vida nem sempre é uma prioridade, em que a banalização do mal parece ocupar espaços preocupantes, iniciativas como as destes prêmios são faróis. Elas nos lembram que é possível e necessário agir com humanidade e ter coragem para enfrentar estruturas injustas”.

Foto: Divulgação Amaerj
O evento contou com a presença de desembargadores, juízes, demais profissionais do Direito, jornalistas, professores, líderes de movimentos sociais, estudantes e de Maria Eduarda Acioli, filha da juíza Patrícia Acioli (1964-2011).
O primeiro lugar de cada categoria ganhou R$ 17 mil; o segundo, R$ 12 mil; o terceiro, R$ 6 mil. Os três primeiros colocados receberam troféus. Na categoria Trabalhos dos Magistrados, não há premiação em dinheiro. Os três primeiros colocados ganharam troféus, idealizados pela juíza Mirela Erbisti, diretora de Direitos Humanos e Proteção Integral da Amaerj. A lista dos contemplados pode ser conferida aqui.
(Com informações da Assessoria de Imprensa da Amaerj.)