Também integraram a mesa de honra virtual o ex-presidente da Abrat e presidente da Comissão Nacional de Direitos Sociais da OAB, Antônio Fabrício Gonçalves; a diretora de Eventos da Abrat, Cristina Targino, e Jane Calixto, integrante da Comissão Nacional de Prerrogativas da Abrat. O primeiro painel foi iniciado após a transmissão do documentário Não toquem em meu companheiro, da diretora Maria Augusta Ramos. O filme reconstitui a história de luta dos empregados da Caixa Econômica Federal (CEF), desde a greve dos bancários deflagrada em 1991, em protesto a centenas de demissões.
Para Rita Cortez, “a maior virtude o filme é o paralelo traçado entre os governos Collor e Bolsonaro”. Segundo a advogada trabalhista, há uma identidade entre os projetos econômicos implantados nos dois governos. “Ambos têm caráter neoliberal, sendo que o de Collor se destacou pela promoção das privatizações e a flexibilização de direitos trabalhistas, e o atual está marcado pelos retrocessos decorrentes das reformas trabalhista e previdenciária, que suprimiram direitos consagrados”, afirmou Rita Cortez. A presidente do IAB apontou ainda o que considera como outro ponto em comum entre os dois governos: “Repete-se a busca pelo desmantelamento do Estado social, em prol do Estado mínimo e da acumulação extrema de capital, em detrimento da força de trabalho, gerando mais pobreza e desigualdades sociais”. Também participaram do painel a cineasta Maria Augusta Ramos, a diretora do Instituto Defesa da Classe Trabalhadora (Ideclatra), Miriam Gonçalves, e a presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), Juvandia Moreira. O primeiro dia do evento foi encerrado com a conferência sobre Mulheres em movimento: lutas sindicais por direitos, voz e vida, feita pela desembargadora Sayonara Grilo, do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT1).
Nos dois próximos dias de evento serão discutidos os temas O feminismo e o movimento sindical – juntos ou separados?, Profissional de aplicativo: nova categoria ou velha exploração, Decisões judiciais que criminalizam os movimentos de greve – lawfare e É preciso nascer um novo movimento sindical?.
OS MEMBROS DO IAB ATUAM EM DEFESA DO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO. FILIE-SE!