O reconhecimento do empenho feminino, segundo a advogada, deve ser o foco de homenagem do dia. “A mulher deste nosso século deixou de ser coadjuvante para assumir um lugar diferente na sociedade, com novas liberdades, possibilidades e responsabilidades, dando voz ativa a seu senso crítico. Deixou-se de acreditar numa inferioridade natural da mulher diante da figura masculina nos mais diferentes âmbitos da vida social”, completou.
Em mensagem enviada por vídeo, o presidente nacional do IAB, Sydney Sanches, ressaltou que a busca pela paridade de gênero em todas as camadas da sociedade deve estar na agenda de todos. “Neste ano, a ONU escolheu como tema a inclusão digital para avançar na igualdade de gênero. Valer-se das ferramentas digitais para diminuir a discriminação e a intolerância contra as mulheres é fundamental”, disse Sanches, destacando o histórico de trabalho na defesa feminina encabeçado pelas associadas do Instituto. Assista ao vídeo completo no Instagram do IAB.
Sergio Tostes
No entanto, como lembrou o orador oficial do Instituto, Sergio Tostes, nem tudo são flores. As mulheres ocupam menos de 25% dos cargos de desembargadores e ministras nas Cortes do Brasil, segundo levantamento feito pelo portal Migalhas. “Assim, nós vemos como ainda estamos desiguais e como a nossa capacidade de conviver com o presente ainda está em descompasso nos nossos tribunais, especialmente nos tribunais superiores”, disse o orador. Ele também lembrou que há avanços: as magistradas são maioria no TJ-RJ. “Não estamos aqui apenas para elogiar, saudar e mandar flores às mulheres. A mulher tem a responsabilidade de enxergar as desigualdades e fazer com que as injustiças sejam consertadas”, acrescentou.
Debora Martins
A busca pelos direitos igualitários para mulheres é especialmente cara à Comissão dos Direitos da Mulher do IAB, que atua continuamente na pauta. Na celebração, a presidente do grupo, Rita Cortez, saudou as consócias do Instituto através de uma mensagem lida pela 2ª vice-presidente da comissão, Debora Martins. “A luta de todas as mulheres contra a dominação e a opressão masculinas significa uma luta pela igualdade de direitos e pela emancipação social. É, na realidade, uma luta geral das camadas sociais mais vulneráveis e desfavorecidas no sistema capitalista em prol da democracia participativa”.
A diretora Cultural e da Escola Superior do IAB (Esiab), Leila Pose Sanches, também deixou uma saudação para as confreiras. “Hoje é dia de festejar conquistas e de refletir sobre as nossas lutas cotidianas, para garantir o respeito do espaço feminino na sociedade. E essa reflexão deve ser de todos, homens e mulheres. Temos muito a avançar, mas tenho certeza que seguiremos firmes e honrando a nossa história”, afirma o texto lido pela membro da Comissão dos Direitos da Mulher Ludmila Schargel Maia.