Toffoli ressaltou a missão do Judiciário como defensor dos direitos e garantias fundamentais, das liberdades públicas, da liberdade de expressão e de manifestação, dos direitos das minorias e dos vulneráveis e da dignidade da pessoa humana. “É a sujeição incondicional dos juízes à Constituição e às leis que legitima o Poder Judiciário a ocupar essa posição estratégica de moderadora dos conflitos entre as pessoas, os Poderes e os entes da Federação”, assinalou. “Por isso, não há lugar para ideologias, paixões ou vontades. O juiz é vinculado à Constituição e às leis”.
Ainda como presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia representou a entidade e destacou que o Ano Judiciário de 2019 se abre com um misto de esperança e de ceticismo. “Esperança de que as lições da crise recente, uma das maiores que a República já presenciou, tenham sido assimiladas. E ceticismo pelo fato de que nossa tradição política, infelizmente, não costuma chancelar essa expectativa. Temos sido constantes em repetir os mesmos erros, em andar em círculos”, disse.
Ao falar sobre a importância da OAB e da advocacia, Lamachia lembrou que “a advocacia viu-se de maneira recorrente engolfada pela incompreensão de seu papel na produção de Justiça”. A OAB, lembrou ele, “viu-se instada, sucessivas vezes, a vir a público defender as prerrogativas dos advogados, esclarecendo-se que essas prerrogativas são, na verdade, da sociedade, já que à sua defesa se destinam”.
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, apontou em seu pronunciamento que o Ministério Público buscará, em todas as casas de Justiça do país, evitar violações, garantir direitos e coibir abusos. “Temos certeza de que 2019 será um brilhante ano para o Judiciário brasileiro, pugnando pelo respeito às leis e à constituição”, afirmou.
O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, fechou os pronunciamentos da sessão solene. “Vivemos no Brasil o pleno estado democrático de direito, cuja garantia maior é a separação harmônica entre os poderes. Os desafios só serão resolvidos mediante um verdadeiro pacto nacional entre a sociedade e os poderes constituídos na busca de novos caminhos para a nação, como propôs o ministro Toffoli. O Poder Executivo comunga deste sentimento e enxerga que estes desafios só serão levados a bom termo pelo esforço e pela união de cada um dos brasileiros”, frisou Mourão.
OS MEMBROS DO IAB ATUAM EM DEFESA DO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO. FILIE-SE!