A crença em alguma religião faz parte da vida de quase 90% dos brasileiros, de acordo com dados do Datafolha divulgados em 2020. No entanto, a incidência de preconceitos de cunho religioso também é alta no País: entre 2021 e 2022, crimes dessa natureza aumentaram 45% em relação a anos anteriores.
Segundo dados do Ministério dos Direitos Humanos, as religiões de matriz africana são o alvo mais frequente da intolerância religiosa. Sydney Sanches pontuou que a diminuição desse quadro é fundamental para o bem-estar social. “Perseguir e compreender uma sociedade diversificada é garantir a coexistência harmoniosa de uma sociedade sadia, voltada à promoção do respeito ao diálogo inter-religioso”, afirmou o presidente do IAB.
A data foi criada pela Lei 11.635/2007, que surgiu como forma de homenagear a memória da Iyalorixá baiana Gildásia dos Santos e Santos, conhecida como Mãe Gilda. Ela foi vítima de intolerância religiosa e teve sua casa e terreiro invadidos por um grupo que professava outra fé. As perseguições e as agressões físicas e verbais sofridas provocaram um infarto fulminante na mãe de santo.