Segundo Cezar Britto, o trabalhador que ainda ousa buscar a Justiça é aconselhado a fazer acordo pela metade do valor a ser recebido. “É lucrativo no Brasil não pagar os direitos. Culpa-se o trabalhador por buscar os seus direitos, mas a culpa da demanda é, justamente, do mau empregador que não paga os direitos confiando no lucro”, avaliou. Ele citou que os mais processados da Justiça do Trabalho são bancos, empreiteiras e o Estado – “deveria ele próprio dar o exemplo”, criticou Britto.
No último dia da 24a Conferência, o presidente nacional do IAB, Sydney Limeira Sanches, também concedeu entrevista no estande da entidade. Ele falou sobre o espaço social que a advocacia brasileira ocupa e afirmou que nem sempre a profissão é compreendida. “Ela segue com seu papel de representação da cidadania, de levar os reclames e dificuldades da sociedade brasileira a todas as instâncias, sejam demandas coletivas ou individuais, para o Judiciário, na perspectiva da boa prestação jurisdicional”, afirmou Sanches.
Nesta quarta-feira, também concederam entrevistas o diretor jurídico e sócio do BTG Pactual, Bruno Duque, o membro benemérito do IAB e professor titular da UnB José Geraldo de Sousa Junior, o ex-presidente da OAB Nacional Marcus Vinícius Furtado Coêlho, a presidente OAB Jovem RJ, Amanda Magalhães, a presidente da Comissão de Educação e Assuntos Universitários, Benizete Ramos de Medeiros, a vice-presidente da OAB/RS, Neusa Bastos, a procuradora do Estado do Rio Grande do Sul, Fabiana Barth, o conselheiro federal da OAB Carlos Augusto de Oliveira Medeiros Junior, o presidente OAB/SE, Danniel Costa, o representante institucional do IAB no Maranhão, Daniel Blume, e os consócios do IAB Cláudio Pinho, Alexandre Atheniense e Nélio Machado.