Sanches elogiou a atuação do presidente do Cesa, Gustavo Brigagão, que está à frente da entidade desde 2021. “Na qualidade de amigo orgulhoso, posso ver em sua liderança a importância que ele vem trazendo para a advocacia e para a sociedade na condução de inúmeras questões importantes. Temos a certeza de que o Cesa mantém sua tradição de 40 anos de entregar somente qualidades”, declarou o dirigente do IAB.
O Cesa surgiu em 1982 a partir da união de escritórios de advocacia que decidiram criar uma entidade para tratar de questões comuns da administração e da gestão de sociedades de advogados. Ao longo de quatro décadas de existência, a instituição passou a se dedicar ao estudo de variados ramos do Direito e já conta com 13 comitês de trabalho e 16 seccionais espalhadas em todas as regiões do Brasil.
Da esq. para a dir., Ellen Gracie, Gustavo Brigagão e Sebastião Reis
Em seu discurso, Gustavo Brigagão relembrou a trajetória da entidade e agradeceu a confiança dos colegas que o reconduziram à presidência. Ele lembrou as adversidades da primeira gestão, que assumiu a condução da instituição durante a pandemia, e ressaltou que está pronto para novos desafios. “O Cesa passou a ser uma família, onde encontrei as mais variadas pessoas de diversos recantos do País. Sempre atuamos no desenvolvimento de análises intelectuais de problemas relativos à profissão e na união com as entidades irmãs da advocacia”, afirmou o advogado.
A mesa da solenidade também contou com a presença da ex-ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Ellen Gracie; do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Sebastião Reis; do presidente do Conselho Diretor do Cesa e membro do IAB Carlos José Santos da Silva, o Cajé; da vice-presidente do Cesa, Cristiane Romano; do secretário de Estado da Justiça e Cidadania de São Paulo, Fábio Prieto; da desembargadora do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) Maria Cristina Zucchi; do vice-presidente da OAB/SP, Leonardo Sica; do presidente da OAB/PI, Celso Barros Coelho Neto; da secretária Municipal de Gestão de São Paulo, Marcela Arruda; da diretora de Administração Financeira do Cesa, Luciana Tornovsky; da presidente do Sindicato das Sociedades de Advogados dos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro, Gisela da Silva Freire; do presidente do Instituto dos Advogados de São Paulo (Iasp), Renato de Mello; do presidente da Associação dos Advogados de São Paulo (Aasp), André Almeida Garcia; do presidente do Movimento de Defesa da Advocacia (MDA), Eduardo Salusse; da diretora do Cesa representando a OAB/BA, Mariana Matos, e do presidente da Abracrim/SP, Cristiano Joukhadar.
Cerimônia de posse da diretoria do Cesa
Ao parabenizar a gestão, Sebastião Reis destacou a importância da união de entidades do Direito. “Cresce a importância de instituições como o Cesa, que vemos manter um diálogo qualificado, técnico e de alto nível na procura de soluções em comum”, disse o ministro. Celso Coelho sublinhou que as outras associações da advocacia precisam do apoio do Cesa para formar uma frente ampla que acompanhe as reformas e atividades do Poder Legislativo: “É muito importante termos momentos como esse para que tenhamos também representatividade”.
Na cerimônia, a ex-ministra Ellen Gracie foi convidada a proferir uma palestra sobre a advocacia nacional. Ela escolheu abordar o alto índice de formação de advogados e as fragilidades da educação de boa parte dos profissionais da área. A palestrante lembrou que o Brasil tem a mais alta relação entre população e número de advogados do planeta: “Não é de hoje que somos denominados como “o país dos bacharéis”. Alcançamos números preocupantes que terão impacto sobre a dignidade do exercício profissional e sobre a vida daqueles que afluem aos cursos de Direito, que hoje só não são mais numerosos do que as farmácias no Brasil”.
Lembrando que existem cerca de 1,4 milhão de inscritos na Ordem dos Advogados, Ellen Gracie criticou a “qualidade discutível” dos cursos de Direito e afirmou que o Exame de Ordem tem índice de reprovação de 80%. “Entendo que a hipertrofia da profissão leva a consequências nefastas, como a concorrência predatória, o rebaixamento de limiares éticos, o estímulo ao aventureirismo e a frustração de expectativas dos tantos formados em cursos de Direito de qualidade duvidosa”, disse a ex-magistrada, propondo ao Cesa e às entidades parceiras que pesquisem essa realidade e proponham medidas efetivas para aperfeiçoar e dignificar a advocacia.