
O Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, celebrado neste 25 de novembro, representa o repúdio da comunidade internacional ao machismo estrutural e à agressão feminina, física, doméstica, moral ou psicológica, independente da identidade cultural, orientação religiosa ou estruturação social. É a visão do presidente nacional do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB), Sydney Limeira Sanches, que repudiou toda a violência de gênero e defendeu ações para a mudança: “As políticas públicas comprometidas com a igualdade de gênero e o fim da intolerância continuam sendo fundamentais para a superação desse modelo cruel de violência marcada pelo histórico machismo intimidatório”.
Os dados mundiais de violência contra a mulher são alarmantes: 19% das adolescentes com idade entre 15 e 19 anos que já tiveram namorados sofreram violência física ou sexual dentro do relacionamento, segundo a Unicef (United Nations Children’s Fund). Como um problema social latente, Sanches afirmou que a violência “é execrável em seus distintos formatos e toma contornos perversos quando realizados contra mulheres e meninas diante das suas vulnerabilidades e conhecida discriminação”.
A data foi escolhida para honrar as irmãs Mirabal (Patria, Minerva e María Teresa), cidadãs dominicanas que resistiram ao regime autoritário liderado pelo ditador Rafael Leónidas Trujillo, sendo tragicamente assassinadas em 25 de novembro de 1960. Quase quarenta anos depois, a Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) declarou, na mesma data, o Dia Internacional da Eliminação da Violência contra as Mulheres, em homenagem ao sacrifício das irmãs Mirabal contra a violência de gênero, autoritarismo e pela igualdade política.