Também participaram do lançamento a antropóloga Sandra Daher e os diplomatas Paulo Roberto de Almeida, Majid Abaeian e Paulo Fernando Pinheiro Machado. O lançamento faz parte do projeto Saindo do Prelo, idealizado pela diretora de Biblioteca do IAB, Marcia Dinis, que mediou o debate. “O livro é um relato emocionante, original e único da história da diplomacia brasileira”, afirmou ela. Sobre os participantes, Marcia Dinis disse: “Temos aqui reunida a nata da nossa chancelaria crítica, que consegue, com muito trabalho e com muitos estudos, nos trazer informações a respeito do até então misterioso Itamaraty”.
Ao apresentar sua obra, Sergio Florêncio explicou: “O motivo central deste livro foi o Irã, porque lá vivemos quatro anos, lá nasceu nosso terceiro filho e lá vivenciamos a última grande revolução do século XX, que foi a revolução iraniana de 1979, que teve consequências muito grandes, não só na região, mas em todo o contexto geopolítico mundial”. Além dos fatos que envolveram sua carreira diplomática, o autor também narra histórias prosaicas, como a da contratação de um cozinheiro afegão e guerrilheiro, que “não cozinhava bem, mas tinha histórias fantásticas para contar”.
Outro convidado a participar do debate foi o embaixador Paulo Roberto de Almeida, diretor de publicações do Instituto Histórico e Geográfico do DF (IHG-DF) e um dos personagens da obra. Autor do blog Diplomatizzando, ele descreveu o livro como “absolutamente inédito e original, porque combina a trajetória pessoal, familiar, acadêmica, intelectual e diplomática do autor, mas com um sentimento que nos remete tanto à Vila Isabel dos anos 50 quanto à vida de diplomata, com seu lado agradável e seus dissabores”.
Sandra Daher, que também é poeta e amiga do autor, descreveu assim a obra de Sergio Florêncio: “Um livro de um cavaleiro nada errante, que saiu pelo mundo a colher novas histórias, além daquelas já colecionadas por aqui. É um livro de um autor com olhar agudo e amplo da diplomacia”. Outro amigo que também é retratado no livro, o iraniano Majid Abaeian, que morou no Brasil e trabalhou com Sergio Florêncio no Irã, testemunhou: “Sergio fez muito mais do que a parte burocrática do seu trabalho como diplomata. Ele foi um exemplo perfeito da cultura rica do Brasil, da qual ele tanto se orgulha”.
O último a falar foi Paulo Fernando Pinheiro Machado, diplomata e vice-presidente da Comissão de Direito Internacional do IAB. Ele lembrou que o Instituto também é chamado de Casa de Montezuma, que, nas suas palavras, “foi um dos grandes estadistas brasileiros, que acreditava no nosso País”. Sobre Diplomacia, revolução e afetos, ele afirmou: “Este livro mostra o olhar brasileiro sobre o mundo. E também representa um sucesso profissional absoluto”. O lançamento foi transmitido pelo canal TVIAB no YouTube, onde pode ser assistido.